Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
Um dos assuntos que mais preocuparam Santa Catarina no fim de 2023 foram as enchentes que assolaram o Estado e deixaram prejuízos em todas as regiões. Tivemos cidades que foram alagadas seis vezes em poucas semanas, como é o caso de Rio do Sul.
Neste início de 2024, mais uma vez, o impacto das chuvas voltou a causar transtornos, como aconteceu em Jaraguá do Sul. Ruas viraram riacho. Pessoas perderam seus bens e viveram momentos de pânico. Como já chovia há dias no município, o temporal que caiu na tarde de domingo – e ficou concentrado em alguns bairros -, fez com que muita água descesse dos morros.
A tubulação não conseguiu escoar tanto volume e vimos o que aconteceu. Segundo a Defesa Civil, foram cerca de 60 milímetros de chuva em apenas uma hora.
Prefeitura, governo do Estado e Legislativo, tanto o municipal, quanto o estadual, estão trabalhando para recuperar os danos e reconstruir os pontos atingidos. Entretanto, mais do que isso, precisamos reforçar, sempre, a importância da prevenção e do respeito ao meio ambiente.
Estamos vivendo, há anos, uma série de desastres climáticos que nos obrigam a ter mais rigidez e planejamento. As leis sobre ocupação do solo devem ser respeitadas – talvez atualizadas – e a fiscalização precisa ser constante.
Sabemos que, em se tratando da natureza, nem tudo é evitável. Também temos consciência que algumas ações do homem ajudam a potencializar os efeitos catastróficos. E já temos provas concretas que medidas de prevenção minimizam os impactos das cheias.
A ocupação de áreas em encostas ou proximidades de rios e ribeirões é um problema histórico no país, de origem social e também da falta de planejamento e de fiscalização do Poder Público.
Devemos estudar a reorganização dos espaços urbanos, monitorar incansavelmente as áreas críticas, e colocar em prática as leis já existentes.
Em Jaraguá do Sul, já evitamos muitos desastres investindo na limpeza e desassoreamento dos rios, troca de tubulação, obras de contenção nas encostas, monitoramento meteorológico e também na construção de áreas alagáveis, como a Via Verde.
É possível fazer mais, e em muitos outros municípios catarinenses que sofrem com os mesmos efeitos da chuva e apresentam uma grande ocupação em áreas de risco.
Para isso, é necessária uma força-tarefa entre Municípios, Estado e União. A natureza está cada vez mais imprevisível e nós, como agentes públicos, precisamos encontrar formas de proteger nossas famílias, trabalhadores, agricultores, empresários e, também, o meio ambiente.
Esse, com certeza, será um dos trabalhos que terá prioridade em 2024, com visão de futuro e responsabilidade – sempre.