O terreno fértil que poderíamos denominá-lo de ‘tecnopopulismo’, gerou o que conhecemos hoje por fake news. Toda mentira sempre é indigesta para quem é vitimado. No entanto, quando passa a ser banalizada, vira uma grave ameaça. Somos uma nação beirando os 216 milhões de habitantes, com um smartphone per capita.
O potencial disseminador de fake news é, por conseguinte, gigantesco e avassalador. Se somarmos a isso o perfil de intensa parcela da massa nacional, desprovida de boa educação e pensamento crítico, teremos então a fórmula inconteste do retrocesso político e social. Não nos faltam registros históricos clássicos e notórios das consequências extremas que a banalização da mentira pode provocar numa sociedade. Assim como nos é conhecida a tragicômica mensagem de que, “uma mentira dita mil vezes torna-se verdade.”
Quem dera pudéssemos copiar o exemplo da Finlândia, que introduziu em seu currículo escolar a alfabetização midiática, onde crianças e adolescentes já aprendem na escola a identificar notícias falsas. Os céticos poderão argumentar: mas a Finlândia é um país pequeno. Sim, mas de atitude grande e visionária. É o que nos falta. Entretanto, enquanto por aqui o caminho é sombrio e tortuoso, atitudes pontuais começam a aflorar.
A Câmara de vereadores de Jaraguá do Sul, acaba de aprovar por unanimidade e enviar ao Executivo para sanção, um Projeto de Lei que pretende instituir o Mês de Conscientização, Orientação e Combate às Fake News no Calendário Oficial do município. O objetivo é promover a educação e conscientização dos cidadãos quanto aos perigos e impactos das notícias falsas na sociedade. ‘Uma luz no fim do túnel’.