Dessa vez foi Blumenau, onde crianças inocentes foram as vítimas de um insano massacre. Por decorrência, as vítimas somos todos nós. Testemunhamos perplexos, o resultado desse premeditado atentado em uma creche de nosso vizinho município.
Esse bárbaro episódio que traumatiza a sociedade, vem, mais uma vez, retratar a facínora realidade da segurança e justiça brasileira, para uma plateia atemorizada. Contracenando frente a frente, vemos duas tristes realidades antagônicas como protagonistas dessa trágica cena: de um lado o Estado de direito soberano, mas, impotente e, de outro, o assassino frio e indomável, na mais original representação de seus papéis.
Diante dessa barbárie, aflora-nos as indagações: será que o desenvolvimento científico e tecnológico da moderna sociedade, tem melhorado, de fato, o padrão de vida do homem, extinguindo seu mal-estar existencial? Será que essa mesma sociedade está tão provida de ‘motivos’ para viver como de ‘meios’? Ou ainda, será que mazelas como desigualdade, crise moral, corrupção, guerras, terrorismo, desemprego, fome, insegurança, xenofobia, homofobia, extremismos, inoperância da lei, educação deficiente…, entre outras, não têm sido geradoras de tantas paranoias e insanidades?
A ciência sabe que a violência ostenta traços genéticos de conduta primitiva e subdesenvolvida que, estupidamente, persiste feito vírus mutante e resistente. No entanto, a sociedade não tem consciência de que é formada de seres compostos de sentimentos ambivalentes, dopados de exacerbadas doses de ambições morais, éticas, econômicas e intelectuais. Enfim, estamos carentes de Estado.
A Rede OCP de Comunicação expressa condolências aos familiares das vítimas.