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Polícia investiga estupro coletivo de menino; vídeo foi publicado na web

Por: Gabriel Junior

12/10/2018 - 13:10 - Atualizada em: 12/10/2018 - 13:58

A Polícia Civil investiga uma ocorrência de estupro coletivo contra uma criança de 12 anos. A vítima é um menino, morador de Santa Maria, no Distrito Federal. O ataque foi filmado, publicado em redes sociais e causou a indignação de moradores da capital na quarta-feira (10). Cinco pessoas são investigadas, mas apenas uma foi presa.

Os suspeitos são três adolescentes e dois adultos, de 18 e 21 anos. Uma mulher, a pessoa mais velha do grupo, foi presa em flagrante, na terça-feira (9), acusada de armazenar e compartilhar pornografia infantil. Ela também foi indiciada por estupro de vulnerável e ameaça, porque presenciou o momento do ataque. A jovem registrou tudo em vídeo.

O crime aconteceu há mais de uma semana, mas a Polícia Civil só tomou conhecimento da ocorrência após ser procurada pelo Conselho Tutelar da região administrativa e pelo tio da vítima. Nas imagens, os autores obrigam o garoto a vestir roupas femininas, a usar maquiagem e é coagido a dizer o que estupradores queriam ouvir na hora da agressão sexual. Em depoimento colhido pelos investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) na terça-feira (9), o menino narrou em detalhes o terror vivido.
Segundo o delegado-adjunto da unidade, Alberto Rodrigues, a vítima tinha amizade com o grupo. “As imagens demonstram ações grotescas e uma condição deplorável contra um adolescente em situação de vulnerabilidade social”, explicou Passos.

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Todos os envolvidos foram identificados. Os adultos serão investigados pela 33ª DP. Os adolescentes, pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), que também terá acesso ao inquérito.

Ameaça

O investigador contou que os cinco envolvidos ameaçaram o garoto de morte. “Eles disseram que se a vítima comentasse o fato com alguém teria membros do corpo cortados, e seria torturada até a morte. O caso só chegou ao nosso conhecimento porque a jovem de 21 anos divulgou o vídeo nas redes sociais e a mídia repercutiu”, explicou o delegado.

Segundo Alberto, o adolescente seria usuário de drogas e também comercializaria entorpecentes na Rodoviária do Plano Piloto, sob comando do grupo. “A líder que dirigia o vídeo – ela comandava a forma com que as pessoas deveriam agir – fornecia a droga para a vítima vender. Ela também é adolescente. O menino ia até essas pessoas em busca de mais drogas”, informou.

A mulher responsável por divulgar as cenas do estupro coletivo foi presa e, se condenada, pode receber pena que varia de 1 a 6 anos de prisão, por armazenar e compartilhar o vídeo. A pena por estupro de vulnerável vai de 8 a 15 anos. A de ameaça, de 6 meses a dois anos de reclusão. Os outros quatro envolvidos não foram detidos.

 

Menino volta para casa da mãe

O menino de 12 anos, vítima de estupro coletivo em Santa Maria, no Distrito Federal, vai voltar para a casa da mãe, no Entorno do DF. A informação foi dada pelo Conselho Tutelar, que acompanha o caso.

A criança estava em um abrigo, em Brasília, desde a última terça-feira (9). De acordo com o conselheiro Hessley Santos, a mãe do menino mora em Santo Antônio do Descoberto (GO) e deve retomou a guarda do filho nesta quinta-feira (11).

A criança vivia com a avó, em Santa Maria, há cerca de 6 meses. Nesse período, ele teria se envolvido com um grupo de traficantes da região do Condomínio Porto Rico e seria obrigado a vender drogas na rodoviária do Plano Piloto. Segundo a polícia, o estupro coletivo ocorreu no fim de setembro.

Conforme o Conselho Tutelar de Santa Maria Sul, ele era punido sempre que o grupo não “ficava satisfeito” com o resultado do tráfico de drogas. O conselheiro Hessley Santos disse que a criança passou por espancamentos e chegou a ser afogada em um córrego próximo ao condomínio.

A avó contou ao conselheiro que, por causa das drogas, não conseguia mais controlar o neto. Na escola, professores já haviam chamado o Conselho Tutelar por conta da “indisciplina” do aluno.

Hessley explicou que vai levar o menino para um exame toxicológico e uma avaliação psicológica. Depois, o caso passa a ser acompanhado pelo Conselho Tutelar de Santo Antônio do Descoberto (GO), onde a criança vai morar com a mãe.

A criança passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), mas o resultado é sigiloso. De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência registrada na delegacia inclui pelo menos quatro crimes: injúria, ameaça, lesão corporal e estupro de vulnerável.

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*Com informações do Correio Braziliense e G1 DF.

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Gabriel Junior

Repórter de segurança pública e editor de conteúdos gerais