Família de empresária morta em São Francisco do Sul prestará depoimento neste sábado

Vítima: Cátia Regina da Silva | Foto Redes Sociais

Por: Windson Prado

26/07/2019 - 16:07 - Atualizada em: 26/07/2019 - 16:49

Dois delegados da Polícia Civil estão com a missão de investigar a motivação e apurar os responsáveis pela morte da empresária de São Francisco do Sul Cátia Regina da Silva, 46 anos. O crime aconteceu entre a noite da última quarta-feira (24) e a madrugada de quinta (25), entre Araquari e São Francisco do Sul.

Como o carro da vítima foi localizado na região do Morro da Palha, em São Francisco do Sul e o corpo foi achado à margem de um riacho na Estrada do Jacú, em Araquari, delegados das duas cidades estão envolvidos na investigação.

Na tarde desta sexta-feira (26), o titular da DP (Delegacia de Polícia Civil) de São Francisco do Sul, Rafaello Ross, conversou com a reportagem da Rede OCP News e deu detalhes sobre a investigação.

Ele confirmou que – ao contrário do que estava sendo divulgado – o corpo de Cátia foi encontrado em Araquari. A vítima estava jogada às margens de um rio, próximo à Estrada do Jacú – uma via rural que sai da BR-280 e segue ao interior do município. A mulher tinha um capuz na cabeça, mãos algemadas para trás e marca de tiro na nuca.

“A perícia esteve no local. Agora vamos aguardar os laudos para confirmar se a causa da morte foi um ou mais tiros, se havia outros sinais de agressão, o momento exato da morte e se foi executada naquele local. Ainda não descartamos nenhuma linha de investigação, mas a tese que ganha mais força é homicídio”, disse Rafaello Ross

Deleagado da Polícia Civil de São Francisco do Sul Rafaello Ross | Foto Arquivo Pessoal

A investigação também analisa imagens de câmaras de monitoramento da Polícia Militar e de comerciantes fixados ao longo da BR-280, entre Guaramirim e São Francisco do Sul, em busca de mais informações.

“Tudo tem que ser verificado com cautela. Com estas imagens vamos poder determinar se a vítima foi seguida desde quando deixou a Rodoviária de Joinville até o local em que o carro foi encontrado incendiado, e identificar possíveis envolvendo. Mas este é um trabalho que tem que ser feito com muita cautela”, acrescenta o delegado Ross. Ele divide a investigação do com delegado de Araquari, Tiago Gonçalves Escudero.

Ameaças e vida social

Cátia Regina da Silva vivia em São Francisco do Sul e há alguns meses montou uma loja de roupas. Frequentemente ela ia a São Paulo para buscar novas mercadorias. O assassinato aconteceu quando a empresária retornava de uma destas viagens.

Ao desembarcar, na Rodoviária de Joinville, a mulher pegou seu carro, carregou com os produtos. Depois disse dirigia em direção a São Francisco do Sul. No meio do caminho, por volta das 22h30, Cátia mandou mensagens aos parentes falando que estava há 20 minutos de casa, mas ela nunca chegou.

Semanas antes, Cátia tinha divulgado um vídeo nas redes sociais dizendo que estava sendo ameaçada. O delegado Rafaello Ross já tomou ciência do material, mas disse que não há denúncia formal sobre isto.

“Não temos nenhum registro de ocorrência recente relatando que Cátia era ameaçada. Vamos ouvir pessoas ligadas a ela para traçarmos o perfil da vítima. Isso é fundamental para a investigação. Cinco pessoas do convívio de Cátia já foram interrogadas. Os parentes devem prestar depoimento neste sábado de manhã, uma vez que nesta sexta estavam envolvidos com o funeral”, acrescentou o delegado à Rede OCP News.

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