Servidora exonerada no caso dos respiradores acusa pressão da Casa Civil na operação

Foto Agência Brasil

Por: Ewaldo Willerding Neto

05/05/2020 - 17:05 - Atualizada em: 05/05/2020 - 18:07

A compra dos 200 respiradores ao valor de R$ 33 milhões, pagos antecipadamente pelo governo do estado, cujo os equipamentos ainda não chegaram ao estado, foi realizada sob pressão do Secretário da Casa Civil, Douglas Borba, além do ex-secretário de Saúde, Hélton Zeferino.

A afirmação é servidora pública Márcia Regina Geremias Pauli, responsável pela Superintendência de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde, em entrevista ao Grupo ND, nesta terça-feira (5). Márcia Regina foi exonerada do cargo após a publicação da operação pelo site The Intercept Brasil.

De acordo com ela, toda a operação estava com as informações disponíveis aos principais gestores do governo Carlos Moisés, como a Controladoria Geral do Estado, a Secretaria da Administração, além da própria Secretaria da Saúde.

“A compra por este fornecedor já veio definida pela Casa Civil”, garante Márcia. “O Secretário Douglas Borba dizia: ‘esta é uma operação de governo. Vocês têm 24 horas para fechar a compra’. Tanto que tínhamos um grupo de whattsapp chamado 24 horas”, detalha.

Márcia já prestou depoimento na Polícia Civil e no Ministério Publico. “Por que eu foi a exonerada, se todos tinham conhecimento da negociação”, indaga ela, que se considera “injustiçada” em todo o processo.

O Secretário da Casa Civil, Douglas Borba; o Secretário da Administração, Jorge Tasca; e o Procurador Geral do Estado, Alisson de Souza, concedem entrevista coletiva ainda nesta quinta-feira para rebater as acusações da servidora.

 

Foto Studio OCP

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