Sem receber salário, funcionários do PA de Corupá fazem campanha de arrecadação

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Por: Elissandro Sutil

19/10/2019 - 06:10

Os funcionários do Pronto Atendimento (PA) de Corupá estão mobilizando uma campanha de arrecadação de recursos para enfrentar as dificuldades pela falta de pagamento do salário.

Os 27 profissionais da unidade de saúde estão sem receber o salário do mês de setembro e mais onze dias do mês de outubro ficarão em aberto.

No início do mês, o prefeito João Carlos Gottardi (PP) decretou a intervenção da Prefeitura no contrato com a ex-gestora do PA, Instituto Civitas de Desenvolvimento Humano, por falhas na gestão.

No dia 11, a diretoria do instituto comunicou por ofício o encerramento de suas atividades em Corupá. Para manter o PA em funcionamento, a Prefeitura assinou um contrato emergencial com a Atual Médica Gestão de Saúde, assumindo oficialmente a gestão no dia 12 de outubro.

Segundo a coordenadora administrativa do PA Karla Eliane Kramer, além de não receberem o pagamento por 41 dias de trabalho, a antiga gestora também não cumpriu com as demais obrigações trabalhistas como INSS, FGTS, 13º Salário e férias, entre outros.

Nesta sexta-feira (18), a equipe e demais voluntários se reúne para organizar a campanha de arrecadação de recursos, como pedágio, rifa ou ações semelhantes. No PA, os funcionários já disponibilizaram uma caixinha para recolher contribuições da comunidade.

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Os profissionais também vão se reunir com um advogado para tratar da ação trabalhista que será aberta contra o Instituto Civitas.

No entanto, a coordenadora destaca a importância da campanha de arrecadação já que os profissionais têm contas a pagar agora e não podem esperar até os primeiros resultados na Justiça.

A Prefeitura também irá ajudar a equipe com cestas básicas, o que ajuda a amenizar a situação avalia Karla, mas as despesas como de aluguel e energia elétrica ainda preocupam.

Quem quiser ajudar os funcionários pode entrar em contato pelos telefones do PA e falar com Karla ou Jéssica: 3375-1143 / 3375-0508 / 3375-3382

Prefeitura entra com ação na Justiça

A Prefeitura explica que, conforme o antigo contrato com o Instituto Civitas, o Município fazia o repasse mensal à gestora de forma adiantada à prestação de serviços.

Por isso, a Prefeitura já fez o pagamento referente a setembro – mas que não foi repassado pela entidade aos profissionais – e não pode fazer novamente.

Já com a nova gestora, a Atual Médica, o processo foi invertido. Agora, o serviço é prestado e então a Prefeitura faz o repasse. Como a nova gestora assumiu a partir do dia 12, em novembro os funcionários irão receber pelos dias trabalhados em outubro a partir do dia 12.

Para cobrir os 11 dias que ficaram em aberto, o governo informa que já depositou o valor correspondente em uma conta judicial, “justamente para impedir que o antigo administrador acessasse o recurso, aumentando ainda mais a perda do pessoal”, diz a Prefeitura.

Porém, esse valor somente pode ser acessado, diz o governo, a partir de uma ordem judicial, mas o processo ainda está em andamento.

Sobre o dinheiro repassado ao instituto e que foi perdido, a Prefeitura informa que já entrou com ações na Justiça e também com processo para negativá-los e impedir que participem de novas licitações no país.

 

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