“A ideologia de gênero é uma violência contra a criança. A família brasileira não quer mais essa discussão”. A frase dita pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, nesta quinta-feira (29) em Florianópolis aumentou ainda mais a polêmica em torno do tema, que ganhou corpo nos últimos dias na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Damares participou da abertura do Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania, promovido pela União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), com o objetivo promover e ampliar o debate sobre a prevenção ao suicídio e a automutilação.
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Antes do evento, a ministra falou com os jornalistas no gabinete do deputado Kennedy Nunes (PSD) e não mediu palavras para falar sobre a retirada do termo “Identidade de Gênero” do Currículo Base da Educação Infantil e Fundamental do Estado, solicitado pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL).
“Ideologia de gênero é uma teoria, por isso que se chama ideologia. Não tem nenhuma comprovação científica e entrou nas escolas brasileiras. Os ideólogos precisavam de um grande país, com muitas escolas e crianças para serem laboratórios e cobaias. Mas estamos mandando um recado: acabou a brincadeira no Brasil, nossas crianças não são cobaias e nossas escolas não são laboratórios”, disparou Damares Alves.
A ministra destacou que as pessoas que elegeram Jair Bolsonaro e Carlos Moisés esperam que o fim deste debate seja concluído. “Não há porque manter a discussão no Brasil quando outros países já expulsaram essa ideologia”.
Sobre o tema do encontro Damares destacou a importância de discutir o suicídio, a automutilação e a violência contra a mulher com os parlamentares que conhecem a necessidade e a realidade do seu Estado.
Seminários como este ocorrido em Florianópolis estão sendo realizado em outras regiões e ao final de todos serão feitas propostas de políticas públicas que vão ser apresentadas ao governo federal.
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