TPM existe sim! Entenda a síndrome da tensão pré-menstrual

Por: Elissandro Sutil

05/11/2020 - 07:11 - Atualizada em: 05/11/2020 - 14:16

Os homens que não acreditam em tensão pré-menstrual (TPM) podem ter certeza de que ela existe e não é nada incomum. Mau humor é apenas um dos sintomas causado pela TPM, também definida como síndrome pré-menstrual (SPM). Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a TPM atinge mais de 70% das mulheres brasileiras.

De acordo com a ginecologista e obstetra, Dra. Thaís Lebtag, a TPM se caracteriza pelo conjunto de sensações que ocorrem cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual.

Durante esse período, podem aparecer sintomas psicológicos, físicos e comportamentais que podem desaparecer no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo.

“O tipo e a intensidade dos sintomas da tpm variam de mulher pra mulher. Os diversos sintomas físicos e psicológicos da tpm podem trazer alguns transtornos incomuns, entretanto, saber como identificar esses aspectos de mudança com acompanhamento médico é fundamental”, salienta.

São sinais e sintomas frequentemente observados:

  • Aumento do tamanho e da sensibilidade das mamas;
  • Inchaço nas pernas e, às vezes, no corpo todo;
  • Ganho de peso;
  • Cefaleia;
  • Fadiga;
  • Dor nas pernas;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Acne;
  • Ansiedade;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Mudanças de humor;
  • Depreciação da autoimagem;
  • Alteração do apetite.

Diagnóstico

O diagnóstico da TPM é realizado com base nos sintomas, que geralmente são acompanhados seguindo um calendário menstrual por dois a três ciclos.

Mas, segundo a especialista, nem tudo está perdido!

“A TPM tem tratamento e consiste em medidas gerais e intervenções direcionadas ao específico conjunto de sintomas apresentado pela paciente. Exercícios físicos, redução do estresse e modificações na dieta, com restrição de sal, chá preto, café, chocolate e chimarrão,são algumas dessas medidas”, destaca.

Quando apenas as mudanças comportamentais não resolvem, o tratamento medicamentoso é proposto, visando diminuir a ciclicidade ovariana (com os anticoncepcionais hormonais) ou atuando sobre sintomas específicos (diuréticos e antidepressivos). “É importante consultar seu médico para avaliar as opções”, finaliza.

Sobre a especialista

A Dra. Thaís Straliotto Lebtag (CRM/SC 14849 e RQE 12.383) atende no Hospital e Maternidade Jaraguá, na rua dos Motoristas, 120. E também na Policlínica Rio Branco, na rua Barão do Rio Branco, 207, 1º andar, sala 05. Contato pelo telefone (47) 3275-1063.