Já sabemos que a Covid-19 é uma infecção respiratória aguda, potencialmente grave, que possui elevada transmissibilidade entre as pessoas por meio de gotículas respiratórias ou contato com objetos e superfícies contaminadas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas com COVID-19 se recuperam da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Entretanto, um a cada cinco casos detectados exige atendimento hospitalar em virtude de dificuldade respiratória e, destes, 5% podem requerer suporte ventilatório. Esse assunto preocupa a todos especialmente gestantes e puérperas.
Os sintomas da Covid podem ser leves como dores no corpo, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés, mas pode evoluir para quadros pulmonares mais graves como pneumonias, insuficiência respiratória aguda além de fenômenos tromboembólicos e da chamada Síndrome pós-Covid em que, mesmo após a cura, permanecem sintomas como cansaço excessivo, dor muscular, tosse e sensação de falta de ar ao realizar algumas atividades do dia a dia.
A ginecologista e obstetra, Dra. Thaís Lebtag, pontua que gestantes e mulheres tiveram partos há pouco tempo (menos de 42 dias), que contraírem Covid-19, apresentam maior risco que a população geral de necessitar de internação em UTI, intubação orotraqueal, de morte e de parto prematuro.
“Portanto, tomar vacina é a melhor maneira de se proteger da Covid-19 e de suas complicações”, ressalta.
Quando gestantes e puérperas podem se vacinar?
Inicialmente, serão vacinadas as grávidas e as mulheres com até 45 dias de pós-parto (puérperas) com comorbidades, de acordo com o número de doses disponibilizadas.
Para a vacinação no primeiro grupo, a gestante precisará apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica que comprove a comorbidade. Em uma segunda fase, serão vacinadas as mulheres grávidas independente de haver uma condição de doença preexistente.
Quais são as comorbidades válidas para as grávidas anteciparem a vacinação?
As doenças listadas são as seguintes:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial crônica;
- Obesidade ;
- Doença cardiovascular;
- Asma brônquica;
- Imunossuprimidas;
- Transplantadas;
- Doenças renais crônicas;
- Doenças autoimunes.
Tem idade mínima para vacinação de grávidas e puérperas?
De acordo com a nota técnica do ministério, a vacinação poderá ocorrer independentemente da idade gestacional.
Quais vacinas serão utilizadas para a vacinação?
De acordo com o Ministério da Saúde, estarão disponíveis a CoronaVac e Pfizer.
Mulheres amamentando e que estão no puerpério podem ser vacinadas, se quiserem?
Sim, respeitando a ordem de prioridade indicada pelo Ministério da Saúde. No caso da puérpera, ao ser vacinada, ela deve ser orientada a não interromper o aleitamento materno.
Mulheres vacinadas que amamentam imunizam automaticamente os bebês?
A Dra. Thaís pontua que ao receber uma vacina, cada indivíduo recebe duas imunidades, uma pelos glóbulos brancos e outra pela produção de uma imunoglobulina chamada de anticorpo. “Alguns anticorpos são pequenos e têm a capacidade de chegar ao leite, então esperamos também imunizar os bebês.”
As grávidas vacinadas devem manter os cuidados contra a Covid após receber a vacina?
“Usar máscara, higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel, além do distanciamento social e afastamento laboral devem continuar sendo aplicados, mesmo após a mulher receber as duas doses da vacina”, salienta a especialista.
Sobre a especialista
A Dra. Thaís Straliotto Lebtag (CRM/SC 14849 e RQE 12.383) atende no Hospital e Maternidade Jaraguá, na rua dos Motoristas, 120. E também na Policlínica Rio Branco, na rua Barão do Rio Branco, 207, 1º andar, sala 05. Contato pelo telefone (47) 3275-1063.