Uma das doenças mais silenciosas do mundo e causadora de complicações, como amputações de pés e lesões nos rins, o diabetes mata uma pessoa a cada seis segundos. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) indicam que de onze adultos, um sofre com esta enfermidade.
A endocrinologista Angela Beuren ressalta que uma a cada duas pessoas não sabem que são diabéticas. “No Brasil, 9,4% da população é portadora da doença”, frisa, citando informações da SBD e do International Diabetes Federation (IDF).
Trata-se de uma situação séria e que, por si só, deveria conscientizar a população para os riscos. “Fazer check-ups rotineiros e ter o acompanhamento de um especialista é o mais recomendável, sempre”, alerta a especialista.

Foto Matheus Wittkowski
Segundo a médica, as estatísticas mundiais mostram que 10% da população com diabetes apresenta o tipo 1 (diabetes da criança) e 90% apresenta o tipo 2 (diabetes do adulto). “Com o aumento de casos de obesidade em adolescentes, cresce o número do diabetes tipo 2 nesse público.”
Ela explica que o tipo 1 se manifesta de forma abrupta em crianças e adolescentes. A do tipo 2 costuma aparecer depois dos 40 anos. “A prática clínica mostra que mais de 50% das pessoas com diabetes tipo 2 teve o diagnóstico feito acidentalmente e sem manifestação prévia de sintomas.”
Os indícios clássicos, segundo a especialista, incluem excesso de sede (polidipsia), excesso de urina (poliúria), e excesso de apetite (polifagia). “Porém, é importante frisar que mais da metade dessas pessoas não apresentam sintomas típicos do diabetes”, pontua.
Perigo iminente
– De acordo com os dados da SBD, as condições associadas ao diabetes causam mais mortes do que o câncer de mama e a Aids juntas. Duas em cada três pessoas com a doença morrem em função de problemas cardiovasculares ou derrame.
– Estar acima do peso é, sim, fator de risco para o tipo 2. Histórico familiar e a idade também contam. Porém, muitas pessoas magras ou com peso normal têm diabetes e outras com sobrepeso nunca desenvolvem a doença.
– O diabetes não tem sintomas claros. Algumas pessoas com pré-diabetes podem apresentar sinais mais aparentes do que alguém já com a doença diagnosticada. As complicações também não são iguais para todas as pessoas.
– O diabetes tipo 2 está associado a fatores genéticos e ao estilo de vida, como dietas hipercalóricas e sedentarismo. Algumas pesquisas mostram que o consumo de bebidas açucaradas propicia o seu desenvolvimento. Em uma garrafinha de 600 ml de refrigerante, há o equivalente a 13 pacotinhos de açúcar desses que a gente vê nas mesas de restaurante. Uma das medidas para prevenir é reduzir o consumo destes alimentos.
– Alimentos ricos em amido podem fazer parte do planejamento de uma alimentação saudável, mas o tamanho da porção é a chave, e isso vai depender do controle da doença. De acordo com os níveis de glicose no sangue, se poderá comer mais ou menos carboidratos.
– Para a maioria das pessoas, o diabetes tipo 2 é uma doença progressiva. No entanto, muitos conseguem manter o nível de glicose normal com o uso de medicamentos orais, planejamento alimentar e atividade física. Ao longo do tempo, no entanto, pode-se fazer necessário recorrer à insulina.
– Com relação à alimentação, cada paciente apresenta condição clínica peculiar e, portanto, necessita de uma orientação nutricional que atenda às necessidades biológicas e também que seja compatível, tanto quanto possível, com as preferências alimentares de cada pessoa.
Onde atende
A Dra. Angela Beuren (CRM 22889, RQE 13603) atende na rua Guilherme Weege, número 202, Sala 407, Edifício Accord Center, em cima do Laboratório Fleming. Entre em contato pelo telefone (47) 3054-0514, WhatsApp 9 9241-3314 ou e-mail [email protected]