Obras da Beira-Mar Norte em Florianópolis estão em ritmo avançado

Obras ao longo da Beira Mar Norte duraram um ano | Fotos Antônio Carlos Mafalada/MafaldaPress.

Por: OCP News Jaraguá do Sul

03/06/2018 - 06:06 - Atualizada em: 07/06/2018 - 14:36

Dos 3,5 quilômetros de rede previstos para serem implantadas sob a Avenida Beira-Mar Norte, dentro do projeto de despoluição daquela área de Florianópolis, 2 quilômetros já foram instalados, fazendo com que a obra esteja com seu cronograma bastante avançado.

Em execução desde 15 de março, a obra vai tornar balneável a praia entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral.

A ação está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas que acaba carregando também o esgoto lançado irregularmente por alguns imóveis). Por isso que a rede implantada sob o solo e interligada nas bocas de saída da rede de drenagem vai coletar as impurezas e conduzi-las até a Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA), que está sendo construída junto à Estação Elevatória, unidade mais conhecida como Bolsão da Casan. A URA Beira-Mar vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais.

Cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão 15 pequenas estações elevatórias conduzindo a mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte.

Poluição da Baía é localizada

Apesar de a área central de Florianópolis contar com 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, diferentes fatores causam a poluição daquela área de praia. Entre eles, a ocupação desordenada e o alto adensamento urbano. Para agravar, Casan e Prefeitura estimam que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação com a rede pública de esgoto.

Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital.

Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da Casan mostram que a aproximadamente 200 metros da areia da praia a água já se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da Faram. Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está concentrada, localizada junto às galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, diz o engenheiro Alexandre Trevisan, da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Casan.