Primos e sogros de vítima do acidente em Medellín pedem indenização à Chapecoense

Por: OCP News Jaraguá do Sul

07/07/2017 - 09:07 - Atualizada em: 07/07/2017 - 16:18

A família do jornalista Renan Agnolin, que morreu aos 27 anos na tragédia do voo da Chapecoense, no fim do ano passado, está na Justiça contra o time catarinense e as empresas Línes Aérea Merideña e Bisa Seguros. O pedido de indenização é de aproximadamente R$ 3,8 milhões, mas outras exigências fazem a ação superar os R$ 5 milhões. Entre os pedidos listados nos documentos em posse da 4ª Vara Cível de Chapecó, estão pedidos por indenização a dois primos do repórter, um de 25 anos e outra de 21, que querem R$ 100 mil cada.

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Também existe solicitação de ressarcimento aos sogros de Agnolin, na faixa de R$ 400 mil para o casal. Completam os pedidos da família os pais da vítima, que desejam R$ 1,874 milhão, a mulher, com um pedido de R$ 937 mil, e o irmão, de 19 anos, na casa dos R$ 374,8 mil. A ação justifica o pedido de indenização ao irmão pelo fato de o mesmo “ter desenvolvido problemas emocionais e psicológicos que prejudicam seu desempenho na faculdade e no trabalho”. Sobre o valor aos sogros, é explicado que ambos “tinham uma relação extremamente harmoniosa e afetiva com seu genro”, e “sua morte deixou um vazio na vida e lhes causa evidente dano moral”.

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A justificativa dos primos diz que eles moraram no mesmo prédio que o jornalista entre 2005 e 2007, e “eram muito achegados”, com “forte amizade de infância”. No total, apenas em indenização, a família exige R$ 3.785.800,00. Existe, também, o desejo de que sejam pagas pensões mensais à viúva do jornalista, nos moldes de sobreviva provável da vítima de mais 50 anos. Como o salário de Renan no dia da morte era de cerca de R$ 2,8 mil, o valor total desse item superaria mais R$ 2 milhões.

O casal ficou mais de oito anos juntos. Ainda é acrescentado um pedido de reembolso das despesas que já ocorreram por conta da tragédia, além do pagamento das futuras em decorrência do evento, como médicos, psicólogos, psiquiatras e medicamentos. Por fim, honorários advocatícios na base de 20% do total da condenação. As informações constam em petição no poder do Tribunal de Justiça de Chapecó.