Hélio Fenrich segue escrevendo seu nome como um dos maiores aventureiros do Brasil. Depois de escalar montanhas temidas no Alasca, Rússia, África e Argentina, o jaraguaense tornou-se o primeiro brasileiro a completar, de forma solitária, o percurso original da Transamazônica, em cima de uma bicicleta.
Antes, somente europeus, americanos e neozelandês haviam concluído o trajeto desafiador de 2.260km sobre duas rodas.
O desafio iniciou em 14 de maio, na cidade de Marabá, no Pará, e terminou 19 dias depois em Lábrea, no Amazonas. Um feito muito celebrado por Fenrich, principalmente pelos inúmeros obstáculos enfrentados.
Após sofrer um assalto no dia 18 de maio, na região de Altamira-PA, tendo seus aparelhos eletrônicos e dinheiro roubados, além de quase levar um tiro, ele mudou o planejamento e decidiu aumentar a carga diária de pedalada para fechar o projeto no tempo mais curto possível.
Ao chegar na metade do percurso, em Itaituba-PA, as paradas em locais mais conhecidos da região, como Parque Nacional da Amazônia, Jacareacanga-PA, Apuí-AM e Humaitá-PA foram encurtados.
Mesmo com o temor pela segurança, trechos cansativos em estrada de chão e ladeiras, e forte febre contraída em alguns momentos, o atleta manteve uma média de 120km a 130km percorridos por dia, até chegar a Lábrea, ponto final da Transamazônica.
“Foi muito gratificante fazer todo esse percurso. Poucas pessoas conseguiram e isso é muito especial para mim, além de ter conhecido um pouco mais o nosso país. Não foi fácil por tudo que passei, mas valeu a pena por ter concluído esse projeto”, destacou.
Fenrich também agradeceu a comunidade pelo apoio e ajuda financeira através de uma ‘vaquinha online’ para conclusão do trajeto.
“Agradeço imensamente as pessoas que me ajudaram, porque fiquei na dúvida se conseguiria concluir o projeto após ser assaltado. Então agradeço muito todos que me ajudaram”, finalizou.
Próximo objetivo
De volta à Jaraguá do Sul, Hélio Fenrich irá finalizar a escrita do seu livro pessoal, que contará todos os detalhes da subida as quatro primeiras montanhas do projeto Sete Cumes, outras montanhas e travessias completadas, além do mais novo desafio finalizado na Transamazônica.
A obra deve ser lançada em julho e servirá como ferramenta para arrecadação de recursos na ida ao Monte Everest, no Nepal, montanha de maior altitude da Terra, com pico a 8.848m acima do nível do mar.
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