Uma decisão liminar da Justiça do Rio de Janeiro obriga o Flamengo a pagar uma pensão mensal de R$ 10 mil aos familiares dos dez jovens atletas que morreram no trágico incêndio que ocorreu no centro de treinamento Ninho do Urubu, em fevereiro deste ano.
Entre as famílias contempladas pela determinação, está a do jovem indaialense Bernardo Pisetta, que atuava como goleiro nas categorias de base do time carioca e faleceu aos 14 anos. A informação foi divulgada em nota, nesta quinta-feira (5), pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
A liminar atende a um pedido da Defensoria Pública e do Ministério Público Estadual para garantir fonte de sustento às famílias até decisão final sobre indenização. O descumprimento está sujeito à multa diária de R$ 1 mil para cada caso e o clube também terá de pagar os valores referentes aos meses decorridos desde o incêndio.
A defensora pública Cintia Guedes destacou a importância da liminar, uma vez que o clube ainda não sinalizou o pagamento de uma indenização para as famílias, apesar das diversas tentativas de acordos. “A decisão é extremamente importante, pois assegura às famílias dos meninos mortos um valor provisório para sua manutenção financeira, até que haja o pagamento das indenizações devidas pelo clube”, disse, em nota.
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O juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, de acordo com o texto divulgado pela Defensoria, destacou o fato de o Flamengo não ter cumprido espontaneamente, até a presente data, ainda que de forma parcial e provisória, a responsabilidade de prestar apoio às vítimas diretas e indiretas do incêndio.
A diretoria do Flamengo pretende recorrer da decisão.
*Com informações da Agência Brasil
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