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Da infância complicada ao octógono: jaraguaense sonha em criar legado no MMA

Moses Monteiro da Silva vem lutando no CES MMA, evento que serve como “passaporte” para atletas que almejam lutar no UFC | Foto Will Paul/CES MMA

Por: Lucas Pavin

05/09/2019 - 00:09 - Atualizada em: 05/09/2019 - 00:38

Para chegar no topo do MMA, uma das modalidades de luta mais apreciadas pelo público mundial, atletas precisam derrubar não apenas adversários, mas também os desafios da carreira esportiva no Brasil.

Em busca de aperfeiçoamento e apoio, inúmeros esportistas têm deixado o país atraídos por melhores oportunidades de crescimento nos Estados Unidos. E foi este caminho que um lutador radicado em Jaraguá do Sul seguiu para buscar o sucesso no esporte.

Natural da cidade americana de Cambridge, mas com toda infância, adolescência e parte da vida adulta intercaladas entre Jaraguá e Rio de Janeiro, Moses Monteiro da Silva deixou o Brasil há três anos para fixar moradia em Boston.

Foto Will Paul/CES MMA

O ‘jaraguaense de coração’ é mais um daqueles casos de atletas que começam a praticar a arte marcial sem compromisso e acabam criando uma paixão imensurável, a ponto de ter o MMA como profissão.

Após conhecer o mundo das lutas ainda muito novo, em Macaé (RJ), o atleta chegou com 12 anos no município ao norte catarinense, onde vivia a mãe.

O intuito, inicialmente, era focar apenas nos estudos. Porém, a realidade acabou sendo outra. Por aqui, aperfeiçoou as técnicas de boxe e muay thai com Maurício de Souza, o Chiquinho, e o jiu-jitsu com Henrique Bertoldo, o mestre Buda.

Com o talento apresentado nos treinos, logo começou a disputar eventos dentro e fora da cidade, trazendo algumas conquistas para Jaraguá.

Foto Will Paul/CES MMA

Mas a rotina de viagens para atender a família entre Jaraguá e Rio de Janeiro durante 10 anos, aliada a falta de apoio financeira desgastou o lutador, que resolveu fazer uma mudança radical. Deixou o Brasil em 2016 e aproveitou a dupla cidadania para migrar aos Estados Unidos.

E a escolha vem surtindo efeito. Na Academia Mau Mau BJJ GFTeam Massachusetts, Moses divide treinos com grandes nomes da luta como Robson Mau Mau, faixa preta reconhecido no jiu-jitsu, e Tom Egan, primeiro irlandês a lutar no UFC. Mais do que isso.

O lutador de 26 anos está no CES MMA, evento que serve como “passaporte” para atletas que almejam lutar no UFC, maior organização de MMA do mundo.

“Tento não criar expectativas, porém, me dedico muito para cada luta que aparece. É melhor um passo de cada vez e seguir de acordo com a realidade vivida, mas claro, a meta é (chegar) ao UFC ou Bellator”, destaca.

Na base da superação

Uma infância complicada. Assim Moses resume os momentos que antecederam sua entrada no mundo das lutas.

A agressividade aflorada em problemas nas ruas foi disciplinada através do MMA. No octógono, a cara de mau, antes usada para colocar medo em outras crianças, hoje é apenas uma de suas armas nos combates.

Além da disciplina, a determinação sempre se mostrou um ponto forte na vida do jaraguaense, que precisou passar por vários obstáculos para crescer no MMA.

Foto Will Paul/CES MMA

Com a falta de apoio no Brasil, deixou de participar de eventos importantes para o crescimento na carreira e chegou a dormir na academia para poder treinar de um dia para o outro.

Uma superação que ajudou a levá-lo a novos rumos na jornada dentro do MMA, chegando a capítulos mais felizes, os quais vive hoje nos Estados Unidos. Alcançar o UFC é um objetivo já traçado, mas o que ele mais deseja mesmo é criar um legado pela sua história.

“Meu sonho é construir um legado. Ter um grande nome na história do esporte e inspirar outras pessoas é o que mais conta no final. Cinturão e status de campeão é consequência do que pode acontecer”, finaliza Moses.

 

 

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Lucas Pavin

Jornalista esportivo, com a missão de informar tudo o que rola na região, seja na base, amador ou profissional.