A chegada do Carnaval traz animação, encontros e festividades por todo o Brasil, mas também é um período marcado por muitas interações sociais e relações casuais. A celebração exige dos foliões mais atenção à saúde sexual.
O uso de preservativos é a forma mais eficaz de prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gestações indesejadas.
A sexóloga Li Rocha, da Rilex Preservativos, alerta para o aumento de casos de ISTs nessa época e reforça a necessidade de adotar medidas de proteção e responsabilidade.
As ISTs são infecções transmitidas principalmente pelo contato sexual desprotegido e podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão HIV/aids, sífilis, gonorreia, clamídia e hepatites.
De acordo com Li Rocha, essas infecções podem causar problemas graves de saúde. “Algumas ISTs, como a sífilis e a clamídia, podem causar infertilidade ou malformações no feto, além de aumentar em até 18 vezes o risco de infecção pelo HIV. Por isso, o uso de preservativos deve ser visto como uma prioridade, e não como uma opção”.
Segundo a especialista, durante o carnaval é comum as pessoas se relacionarem casualmente com outras, e isso requer atenção redobrada por parte dos foliões.
- Campanha quer proteger crianças e adolescentes no carnaval
- Crianças no carnaval: 7 dicas para cuidar da garotada durante a folia
“É um momento em que muitas pessoas se envolvem em relações casuais, com parceiros que acabaram de conhecer. Sem o uso de preservativos, os riscos aumentam, porque não temos como saber com quantas pessoas aquela pessoa já se relacionou ou se ela possui alguma IST”, afirma.
Dados recentes mostram que o uso de preservativos tem diminuído, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Uma pesquisa global da Durex revelou que apenas 32% dos brasileiros usaram camisinha nos últimos 12 meses. A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com esse declínio, alertando para o aumento das taxas de ISTs.
Ainda segundo Li Rocha, é importante realizar também uma testagem regular para ISTs, especialmente após períodos de maior exposição, como o Carnaval.
“É fundamental que as pessoas entendam que a camisinha é o método mais acessível e eficaz de proteção. Está disponível gratuitamente nos postos de saúde. Muitas infecções podem ser assintomáticas, ou seja, a pessoa pode estar infectada e não saber. Por isso, o ideal é fazer o teste periodicamente e, em caso de diagnóstico positivo, iniciar o tratamento o quanto antes. A diversão não precisa estar dissociada do cuidado. Usar camisinha é uma atitude de responsabilidade com a sua saúde e com a do outro. O Carnaval é uma festa para celebrar a vida, e a proteção faz parte disso”.