Enquanto as grandes fabricantes correm para lançar celulares cada vez mais potentes e multifuncionais, uma startup de Nova York segue o caminho oposto: menos tela, menos aplicativos e mais tempo fora do celular. Com esse propósito, a The Light Phone acaba de lançar o Light Phone III, um modelo projetado para ser usado o mínimo possível.
A proposta do aparelho é simples: eliminar as distrações provocadas por redes sociais e aplicativos que capturam a atenção dos usuários. “Os Light Phones são dispositivos simples com ferramentas de qualidade, projetados para serem usados o mínimo possível”, afirma o site oficial da empresa.
Fundada em 2014 por Joe Hollier, artista e designer gráfico, e Kaiwei Tang, designer de produtos, a startup nasceu de um programa experimental do Google que buscava novas formas de uso para a tecnologia móvel. O primeiro modelo da marca, lançado em 2017, era completamente analógico e permitia apenas chamadas telefônicas. Já o Light Phone II, de 2019, trouxe avanços como Wi-Fi, 4G, mensagens, alarme, calendário e bloco de notas, mas ainda longe de ser um smartphone tradicional.
Agora, com o Light Phone III, os criadores mantêm a filosofia minimalista e apresentam um aparelho com funcionalidades básicas como chamadas, mensagens e navegação simples. Sem redes sociais, sem YouTube, sem Spotify. Quem quiser instalar qualquer aplicativo extra, vai precisar esperar.
“Atualmente, não há uma ferramenta de streaming de música para plataformas como o Spotify, nem uma forma de fazer chamadas ou enviar mensagens por outros aplicativos como o Signal ou o WhatsApp. Também não há uma funcionalidade para serviços de transporte por aplicativo. Esses recursos podem estar disponíveis em futuras atualizações de software”, informa o site da marca.
O Light Phone III está à venda por US$ 799 (cerca de R$ 4.800 na cotação atual), valor próximo ao de celulares topo de linha. No entanto, ainda não é compatível com operadoras brasileiras.
“Infelizmente, o Light Phone III não é compatível com as operadoras locais da sua região. Há uma série de fatores: algumas operadoras exigem certificações especiais, algumas regiões não conseguimos testar completamente e outras regiões usam antenas de rede completamente diferentes”, esclarece a empresa.