Após se aventurar em grandes altitudes, desta vez o alpinista jaraguaense Hélio Fenrich fará a travessia da Transamazônica de bicicleta, entre os meses de maio e junho.
Ele irá embarcar em Curitiba no dia 13 de maio, chegando na cidade de Marabá, no Pará, na madrugada do dia 14.
Neste dia ele permanecerá na cidade para montar a bicicleta, comprar algumas coisas para a viagem e descansar, para então na quarta-feira, dia 15, iniciar a travessia.
Segundo o aventureiro, os 2.253 km da cidade paraense até Lábrea, no Amazonas, devem ser percorridos em cerca de 30 dias.
“Eu já mapeei tudo, tem pequenas partes de asfalto, mas a maior parte vai ser estrada de chão”, conta.
“Esses dias eu consegui contato com uma pessoa de lá e ela me disse que não tinha como passar, porque estava tudo cheio”, destaca Fenrich sobre os desafios do percurso. Entretanto, este era o único período disponível em sua agenda.
Para ele, a parte mais difícil será o trecho final, pois, além de ser onde está alagado atualmente, de um vilarejo a outro terá de percorrer a distância de 300 quilômetros. “Minha meta é sempre dormir em alguma cidade, para não precisar montar a barraca no meio do caminho”, conta.
Mesmo com um problema no ombro, o jaraguaense fará toda a travessia sozinho, penas ele, a bicicleta e os equipamentos. Para Hélio, seu ombro não será um problema, e não pensa em desistir.
“Acidentes podem acontecer em qualquer lugar, eu, por exemplo, não me machuquei na montanha, aconteceu aqui em Jaraguá, andando na ciclovia”, comenta.
Ele acredita que a travessia será mais fácil do que subir as montanhas, já que não terá a necessidade de levar tantos equipamentos. Além disso, vai colocar alforjes – uma bolsa semelhante a uma sela – na bicicleta, o que deve deixar a mochila mais leve.
Mas a ideia de percorrer a rodovia não surgiu agora. Em 2004, o aventureiro havia feito todo o planejamento, porém, não conseguiu tirar férias e acabou deixando de lado. “Comecei a fazer as montanhas, me aventurando nelas e apenas este ano voltou a ideia de fazer a Transamazônica”.
“Essa travessia é sim um desafio, como as montanhas, mas para mim ela é também um sonho“, destaca o jaraguaense.
A única coisa que foi preciso atualizar foram os locais em que teria área para o celular. Tudo foi feito pela internet, principalmente o Google Maps, ferramente que não existia no primeiro projeto.
Engana-se quem pensa que Hélio treina e se prepara apenas antes das aventuras. Ele está sempre fazendo seus treinos de fortalecimento muscular, corrida e bike. “Isso me da condição de não precisar treinar pesado, basta continuar o que já estava fazendo”, afirma.
História para aventureiros
Escrever um livro nunca esteve nos planos deste aventureiro, mas depois de alguns amigos e companheiros comentarem sobre isso, ele pensou em juntar o útil ao agradável, fazer um livro cujo dinheiro será revertido para o projeto de subida ao Monte Everest.
Em “Vencendo o Desafio“, o jaraguaense vai falar sobre seu início no alpinismo, sobre as montanhas que já subiu, seu projeto “Sete Cumes” e sobre uma travessia feita na Transpantaneira em apenas dois dias, com dois amigos.
A probabilidade da travessia da Transamazônica estar no livro é pequena.
“O livro já está na parte da correção e se eu fosse incluir essa aventura, o livro só vai sair em agosto e minha ideia era de que saísse ainda em maio”, explica.
Devido a aventura de bicicleta no norte do país, o lançamento precisou ser adiado.
“É uma produção independente, eu mesmo que escrevi, consegui a capa com um designer daqui e outra pessoa esta corrigindo, não levei em nenhuma editora”, diz Hélio.
Após a correção, ele irá revisar o livro, fazer as impressões para começar a vender. O lançamento deve ser feito no Jaraguá do Sul Park Shopping, mas ainda não está confirmado.
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