Região Norte tem a segunda melhor performance econômica do Estado

Foto Agência Brasil

Por: Pedro Leal

18/04/2019 - 05:04

A região Norte de Santa Catarina registrou o segundo maior Índice de Performance Econômica do Estado, segundo pesquisa da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc).

Enquanto estado de Santa Catarina cresceu 7,1% em 2018, a região Norte – na qual está incluso o Vale do Itapocu – cresceu 8,23%. Os dados fazem parte do Índice de Performance Econômica de Santa Catarina (Iper-SC).

A região Norte é composta pelos municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, , Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco, São João do Itaperiú e Schroeder.

No mesmo estudo, a entidade estima crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado em 2018 – quase três vezes o crescimento do PIB nacional, de 1,17%.

O maior crescimento ficou por conta do Vale do Itajaí, com alta de 10,18% na performance econômica em comparação com 2017 – enquanto o Planalto Norte, o Oeste e o Alto Vale registram queda, de 1,09%, 0,21% e 1,18%, respectivamente.

 

 

O crescimento do estado foi fortemente carregado por essas duas regiões – a terceira região com maior crescimento, o Noroeste, registra apenas 2,83% de crescimento, pouco mais de um terço do crescimento do estado.

A grande Florianópolis registra apenas 1,36% de crescimento – pouco mais de um quinto do estado.

O Iper-SC registrou crescimento de 7,12% no ano de 2018 comparado ao ano de 2017, com ajuste sazonal.

É o segundo ano consecutivo que o índice registra crescimento para o estado desde 2016, ano que o índice obteve o maior resultado negativo da série histórica: em 2016, a atividade econômica do estado caiu 6,33%, seguindo uma queda de 4,52% no ano anterior.

Segundo o presidente da Facisc, Jonny Zulauf, o Iper-SC e o PIB catarinense traduzem a realidade estadual.

“Em compasso ao que ocorre com outros indicadores conjunturais, tanto o Iper-SC como a estimativa para o PIB de 2018 do estado segue mesma direção, ou seja, de recuperação e acima da média nacional”, aponta o presidente.

O economista da Federação, Leonardo Alonso Rodrigues, explica que entre as treze variáveis que compõem o IPER – SC, nove registraram crescimento, puxadas principalmente pelas relacionadas ao comércio exterior (exportações 28,04% e importações 23,19%).

Do outro lado, quatro delas obtiveram resultados negativos, sendo as ligadas ao crédito como as operações de crédito (-5,91%) e financiamentos imobiliários (-1,27%) e as outras duas: empregos no setor agropecuário e depósitos à vista que tiveram queda de -2,49% e de -0,33% respectivamente.

Crescimento do Iper por região

  • Vale do Itajaí: 10,18%
  • Norte: 8,23%
  • Noroeste: 2,83%
  • Extremo Oeste: 1,55%
  • Extremo Sul: 1,5%
  • Grande Florianópolis: 1,36%
  • Serra: 1,01%
  • Meio Oeste: 0,86%
  • Sul: 0,64%
  • Oeste: -0,21%
  • Planalto Norte: -1,09%
  • Alto Vale: -1,18%

Iper X PIB

A diferença entre o Iper e o PIB se dá nos dados analisados – o Iper capta e mensura mais a movimentação econômica como um todo, relacionando indicadores de atividade a níveis municipais e regionais de frequência mais recorrente.

No Iper são analisadas 13 variáveis divididas em 5 categorias. O PIB é soma dos valores adicionados por setores de forma mais ampla, sendo a soma dos bens e serviços produzidos no estado.

No índice apresentado pela Facisc, são considerados os valores de exportações, importações, depósitos em poupança, frota de veículos, consumo de energia elétrica, crescimento no emprego nos setores de comércio, serviços, agropecuária, construção civil e indústria, operações de crédito, depósitos à vista e financiamento imobiliário.

 

 

Destes, o emprego na agropecuária, as operações de crédito, o financiamento imobiliário e os depósitos à vista apresentaram queda.

Embora não seja uma correlação exata – ou seja, não haja uma fórmula simples para converter o Iper-SC em crescimento do PIB – há uma correlação entre os dois índices.

Por exemplo, as tendências de crescimento dos estados seguem  quase a mesma ordem nos dois indicadores, com o Vale do Itajaí liderando com alta de 5,43% no Produto Interno Bruto, seguido pelo Norte com 3,27%.

Enquanto as duas regiões registram crescimento superior ao do Estado e ao nacional, no restante de Santa Catarina o crescimento é abaixo do nacional: a terceira região de maior crescimento registra apenas 0,8% de avanço no PIB, contra o crescimento de 1,17% da União.

Crescimento do PIB por região

  • Vale do Itajaí: 5,43%
  • Norte: 3,27%
  • Noroeste: 0,80%
  • Extremo Sul: 0,71%
  • Grande Florianópolis: 0,64%
  • Extremo Oeste: 0,6%
  • Serra: 0,54%
  • Sul: 0,39%
  • Meio Oeste: 0,38%
  • Oeste: -0,12%
  • Planalto Norte: -0,4%
  • Alto Vale: -0,51%

 

Quer receber as notícias no WhatsApp?