O contrato que marca o início do processo para concessão da Rota das Cachoeiras, um dos maiores patrimônios naturais de Santa Catarina, foi assinado pelo prefeito de Corupá, Nininho Eipper (Novo), nesta semana. O projeto, desenvolvido em parceria com a Invest SC, prevê atrair grandes investimentos privados, sem custos para os cofres públicos.
Na cerimônia de assinatura, Eipper afirmou que o município está “criando um legado para as futuras gerações”. O prefeito declarou ainda que “a Rota das Cachoeiras continuará sendo dos corupaenses, mas com estrutura de padrão internacional”.
A secretária de Turismo de Corupá, Glauce Araujo, enfatizou que a assinatura do contrato de concessão representa o resultado de um trabalho muito bem elaborado a várias mãos e, ao mesmo tempo, o “início de uma nova etapa, que leva consigo a esperança de todos os corupaenses”.
O presidente da Invest SC, Renato Lacerda, reforçou que “Corupá será preparada para ser exemplo de desenvolvimento regional sustentável”.
Detalhes do projeto
-Prazo da concessão: entre 25 e 30 anos;
-Investimento: totalmente privado;
-Preservação ambiental: plano de manejo atualizado e controle de visitantes;
-Infraestrutura: novos acessos, centros de apoio e inclusão;.
-Empregos: prioridade para trabalhadores locais, com programas de capacitação.
Etapas futuras
Nos próximos 12 meses serão realizados estudos técnicos e elaborados os documentos para licitação, que será conduzida por meio de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo. Antes disso, serão promovidas consultas públicas envolvendo o Legislativo municipal, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), empresários, ambientalistas e a comunidade local.
Pontos estratégicos
– Integração com rotas turísticas do Norte Catarinense;
– Proximidade com quatro aeroportos (três internacionais) e dois portos, em Itajaí e São Francisco, aptos a receber cruzeiros;
– Localização em uma das áreas mais preservadas da Mata Atlântica;
– Apoio de programas estaduais e federais de desenvolvimento turístico;
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Fechada para visitação há 5 anos
A Rota das Cachoeiras está fechada para os visitantes desde junho de 2020, após um ciclone bomba atingir a região e danificar as trilhas, e permaneceu assim nos últimos anos em função da pandemia da Covid-19.
Em junho de 2023, a Câmara de Vereadores de Corupá aprovou a desapropriação amigável da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), onde está inserida a Rota das Cachoeiras, na região do Rio Novo Alto. Com a aprovação do projeto de lei 19/2023, o local passou a ser de propriedade do Município de Corupá.
O local possui 1.153,66 hectares, que eram pertencentes à empresa Florestal Rio Canoas Ltda, com sede em Lages (SC). Na desapropriação amigável, o Município pagou à empresa o valor de 650.003,00 (seiscentos e cinquenta mil e três centavos).
Com percurso de 2.900 metros de extensão, a rota é formada por 14 cachoeiras. A 14ª, chamada de Salto Grande, é a maior de Santa Catarina.
Quando estava aberto ao turismo, o local recebia cerca de 40 mil visitantes por ano.