A Americanas encerrou os três primeiros trimestres de 2023 com um patrimônio líquido de R$ 31,2 bilhões negativos – uma queda de 16,8% em comparação com os R$ 26,7 bilhões de passivos a descoberto que a varejista tinha no final de 2022.
As informações são do Valor Econômico.
Passivo a Descoberto, ou Patrimônio Negativo, descreve a situação em que os passivos de uma companhia superam os ativos – ou seja, em que as dívidas superam o que o a empresa tem.
O patrimônio líquido é uma das principais contas das demonstrações contábeis, que mostra o valor que cabe aos acionistas da companhia.
A companhia afirmou em relatório acompanhanhando a divulgação dos seus resultados trimestrais que o prejuízo acumulado de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro impactou negativamente o indicador. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (26).
O prejuízo resultou da combinação entre queda nas vendas da varejista e as despesas financeiras, cuja contabilização se faz necessária até o momento da homologação da proposta de recuperação judicial e da novação de suas dívidas.
A empresa registrou um resultado financeiro negativo em R$ 2,18 bilhões nos três primeiros trimestres do ano passado, 45,7% melhor que o resultado do mesmo período do ano anterior.
A rede afirma que o desempenho é reflexo do desmonte das operações de swap ocorrido no primeiro trimestre de 2023, o que gerou receita financeira. No entanto, sem esses instrumentos, as dívidas da Americanas passaram a sofrer com o câmbio. “O efeito líquido no período foi uma despesa financeira adicional”, afirma a Americanas.
O endividamento da Americanas ao fim de setembro de 2023 era de R$ 33,4 bilhões, uma piora de 10,6% na comparação com dezembro.
O endividamento bruto, no entanto, caiu 4% com a liquidação dos contratos de swaps e quitação de cotas do Fenix FIDC.