Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo

Divulgação/Casa do Pão de Queijo

Por: Pedro Leal

16/07/2024 - 16:07 - Atualizada em: 16/07/2024 - 16:31

A Justiça de São Paulo aceitou nesta segunda-feira (15) o pedido de recuperação judicial da rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo, protocolado em 28 de junho.

O grupo conta com dívidas que somam R$ 57,5 milhões, e o processo se refere à holding e suas 28 filiais, todas localizadas em aeroportos; segundo a empresa, as 170 franquias da rede não serão afetadas.

As informações são do portal G1.

Filial é uma loja gerida pela própria marca, enquanto a franquia é uma unidade em que terceiros adquirem o direito de operar a marca com capital próprio, repassando um valor à empresa.

Em sua decisão, o juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem, afirmou que a empresa cumpriu com os requisitos legais para dar início ao processo.

Com a aceitação do pedido, todas as execuções (cobranças de dívida) contra a companhia são suspensas por 180 dias.

“[Fica] proibida qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens da devedora, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial”, determinou o juiz.

O magistrado nomeou a empresa F. Rezende Consultoria e Administração Judicial Ltda como administradora judicial. Ela será responsável por processar o pedido administrativamente e apresentar seu parecer em juízo, em relatórios mensais.

Durante a recuperação, a Casa do Pão de Queijo terá que apresentar suas contas até o dia 15 de cada mês, além de entregar, mensalmente, os documentos solicitados pela administradora do processo.

Do total da dívida da Casa do Pão de Queijo, o montante de maior valor diz respeito aos credores quirografários, que são aqueles que não têm nenhuma garantia ou direito de preferência nos pagamentos. São R$ 55,9 milhões.

Também há uma dívida estimada em cerca de R$ 1,4 milhão com credores enquadrados como Microempreendedores ou Empresas de Pequeno Porte, e R$ 224,3 mil em dívidas trabalhistas.

Além dos valores listados na recuperação judicial, o pedido também menciona que detém uma dívida de R$ 53,2 milhões com outros credores e outros R$ 28,7 milhões em dívidas tributárias com municípios, estados e a União.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).