Governo de Santa Catarina destaca a adaptação da WEG em meio à pandemia

Divulgação/WEG

Por: Pedro Leal

03/08/2020 - 09:08 - Atualizada em: 03/08/2020 - 09:45

Recentemente, o Governo de Santa Catarina divulgou material destacando a WEG pela disposição e a perseverança em se adaptar as novas realidades do mercado diante da pandemia da Covid-19.

Especializada na produção de motores elétricos, a empresa, com sede em Jaraguá do Sul, atendeu a um chamado dos governos federal e estadual para produzir respiradores pulmonares, equipamento essencial para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), local para onde se encaminham os casos graves de insuficiência respiratória causada pela Covid-19.

O primeiro contato da empresa com a administração estadual ocorreu ainda em março, porém a confirmação de que a produção seria possível ocorreu no dia 12 de maio.

Desde então, uma operação de guerra foi montada para garantir a produção dos respiradores. Ao todo, 500 deles foram entregues ao Governo do Estado. Para o Ministério da Saúde, a encomenda foi de 950 respiradores, totalizando 1.450 unidades.

Segundo o diretor superintendente da WEG Automação, Mafred Peter Johann, a confirmação da produção dependia da disponibilidade de componentes importados, que estavam escassos no mercado mundial. Ele conta que as dificuldades foram maximizadas quando a empresa decidiu assumir a produção de alguns desses componentes.

Foto: Secom

Ao todo, cinco unidades de diferentes fábricas precisaram ser adaptadas para a produção dos ventiladores. Foram necessárias mudanças nos setores de ferramentaria, injeção de plástico, fabricação de placas eletrônicas, serralheria e montagem de equipamentos eletro-mecânicos.

“Ao final, ainda criamos uma área exclusiva que abriga a linha de montagem e testes finais dos ventiladores. A proposta de fabricação com transferência de tecnologia foi submetida à Anvisa, de quem recebemos a autorização. Em paralelo, estamos realizando todo o processo de certificação eletromédica do Inmetro. Envolvemos mais de 100 colaboradores, de diferentes áreas, na operação. Trabalhamos dia e noite, inclusive aos fins de semana, para alcançar o objetivo”, afirma Johann.

O trabalho foi destacado pelo governo do Estado, junto a outras empresas que tem demonstrado a capacidade histórica do empreendedorismo catarinense em se adaptar às novas necessidades.

Em junho, o governador Carlos Moisés visitou a linha de produção da WEG e fez um agradecimento aos colaboradores da empresa, ao afirmar que eles não apenas estavam trabalhando em uma linha de produção, mas ajudando a salvar vidas.

Pequenas também tem se adaptado

Uma das empresas que se destaca é a Optimum Engenharia, de Luzerna, no Meio-Oeste. A empresa nasceu em 2018 e contou com o apoio do Governo do Estado por meio do programa Sinapse da Inovação, desenvolvido pela Fapesc.

Além de um aporte financeiro para a estruturação da empresa, os dois sócios também tiveram apoio com cursos e mentorias.

Até o início da pandemia, a empresa estava focada no setor de car tech – criação de ferramentas tecnológicas para automóveis. A principal aposta era o desenvolvimento de um sensor de estacionamento, que auxiliaria o motorista por meio de mensagens de voz na hora de colocar o carro na vaga desejada.

Com o avanço da Covid-19 e o enfraquecimento momentâneo do setor automotivo, os engenheiros pensaram em produzir algo que ajudasse no combate à doença.

A primeira ideia, conta Luan Cizeski de Lorenzi, um dos fundadores da Optimum, foi a de criar um colar multissensorial para ajudar na identificação de casos suspeitos.

Como o tempo de desenvolvimento seria longo demais, eles decidiram simplificar o projeto com a criação de um sensor automático para medir a temperatura de pessoas que adentrem a determinado ambiente. Ele poderá ser instalado em um totem, por exemplo, sem que um funcionário precise se expor a riscos de contágio ao medir a temperatura dos clientes com um termômetro.

Os engenheiros pretendem comercializar o produto com estabelecimentos como hospitais, escolas e universidades, com uma capacidade de produção será de 10 a 15 unidades por mês.

Varejo se reinventa

Outra empresa destacada pelo governo do estado é a Convenix, de Joinville que tradicionalmente mantém relações de negócio com o setor do comércio varejista e suas lojas físicas.

O principal serviço oferecido é um aplicativo de convênios que usa o débito em folha. Com os decretos de março para promover o isolamento social em Santa Catarina, o fundador da empresa, Felipe Corrêa da Silva, viu a necessidade de criar novas opções de mercado.

“No início da pandemia, nós nos assustamos bastante, pois dependíamos de uma interação mais física. Nossa base de usuários iria cair com as demissões no varejo. Então decidimos implementar três novas opções. Acredito que a inovação é uma palavra-chave para o varejo nesse momento, pois tudo está mudando. A experiência de consumo vai se pautar também por novos canais de venda”, opina Silva.

O portfólio do Convenix ganhou três novos produtos com a pandemia.

O primeiro deles foi a criação de uma loja dentro do aplicativo. Com isso, os consumidores podem fazer as suas compras direto por esse canal e recebê-las em sua casa ou empresa, evitando a necessidade de deslocamento.

A segunda opção disponibilizada após a pandemia foi a possibilidade de fazer os pagamentos pelo aplicativo por meio de um QR Code, evitando o uso do cartão de crédito e diminuindo os riscos de contágio.

Com informações do Governo do Estado.

 

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram Jaraguá do Sul