Os acionistas da Petrobras decidiram, em assembleia geral nesta quinta-feira (25), distribuir 50% dos dividendos extraordinários da estatal, em um repasse de aproximadamente R$ 21,95 bilhões, de um total de R$ 43,5 bilhões.
Com a decisão, o Tesouro Nacional deve receber pelo menos R$ 6 bilhões para reforçar o caixa da União.
As informações são do portal G1.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Os extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. A decisão inicial de não pagar esses dividendos extras causou uma crise entre a estatal, seus acionistas e o governo em março, fazendo que as ações da Petrobras despencassem cerca de 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia.
Inicialmente, os conselheiros da estatal indicados pelo governo eram contrários à distribuição dos dividendos, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a vetar a liberação dos valores, seguindo posição dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Em reunião na última sexta-feira (19), o Conselho de Administração da Petrobras já tinha dado o aval e permitido que a proposta da diretoria, de pagar metade dos dividendos extraordinários, fosse encaminhada à assembleia de acionistas.
A distribuição de metade dos dividendos extraordinários quase derrubou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; entre os indicados pelo governo para o conselho da empresa, ele foi o único que não se posicionou diretamente pela retenção dos dividendos, o que não teria agradado o Palácio do Planalto.
A assembleia ainda deve analisar a renovação do Conselho de Administração da estatal.