As exportações de Jaraguá do Sul entraram em queda na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia.
De janeiro a março de 2019, o município registrou US$ 132,36 milhões em exportações, 3,1% a menos do que os US$ 136,6 milhões no mesmo período de 2018.
Em contrapartida, as importações registraram no período uma alta de 23,13%, passando de US$ 78,39 milhões para US$ 96,52 milhões.
O saldo segue positivo: a balança registrou um superávit fiscal de US$ 35,84 milhões, 38,4% menor do que o do mesmo período no ano passado, de US$ 58,11 milhões.
A alta nas importações foi desacelerando ao longo dos três primeiros meses do ano – em janeiro, a alta era de 40,17%. Em fevereiro, passou para 31,95%. Agora, fica em 23,13%.
As importações para o mês foram apenas 3,2% maiores do que as de março de 2018, em US$ 25,04 milhões, contra US$ 24,226 milhões no ano passado, indicando uma estabilização do padrão do mercado.
Em contrapartida, as exportações oscilaram nos primeiros meses: em janeiro, a alta era de 0,66%.
Com fevereiro, passou para 1,34% de alta – antes de registrar um desempenho comparativamente fraco em março e encerrar o período em queda.
Foram US$ 53,58 milhões no mês, 8,96% a menos do que os US$ 58,857 milhões de março passado.
Setores e produtos seguem padrões históricos
Os padrões de mercado externo do município seguem estáveis: como nos meses anteriores e no ano passado, o setor eletromotor segue dominante, representando US$ 119,24 milhões – ou 90,38% – das exportações.
O setor apresenta uma queda de US$ 5,41 milhões em comparação com o ano passado.
O segmento é seguido pelo setor têxtil, que representa US$ 3,03 milhões das exportações, com um aumento de US$ 101,29 mil em comparação com o mesmo período do ano passado, e por produtos do reino vegetal, somando US$ 2,85 milhões, com alta de US$ 1,17 milhão em comparação com o mesmo período do ano passado.
O setor foi liderado por exportações de soja, em US$ 2,54 milhões, mais do que o dobro do registrado em 2018, de US$ 1,25 milhão.
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Nas importações, os setores elétrico e têxtil seguem na liderança, respondendo respectivamente por US$ 27,91 milhões e US$ 21,35 milhões.
Em ambos os setores, as importações são dominadas pela combinação de insumos e matérias primas.
No setor têxtil, as peças de vestuário já manufaturadas respondem por menos de 10% do total do setor, com trajes femininos sendo o principal produto para consumo entre as importações, com apenas 3,4% do setor e 0,75% do total de importações.
O município mantém forte mercado comprador na Europa, responsável por US$ 41,85 milhões das exportações, e na América do Norte, que responde por US$ 39,79 milhões.
O principal comprador de Jaraguá do Sul segue sendo os EUA, com 21% das exportações, apesar de uma queda de 14,3% nas vendas para o país – são US$ 4,55 milhões a menos no período, totalizando US$ 27,33 milhões oriundos do país norte-americano.
País tem registrado queda em rankings
Apesar da alta nas exportações, o Brasil caiu da 26ª posição para o 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo, em 2018, segundo relatório anual divulgado pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Entretanto, houve aumento de 10% nas vendas em comparação a 2017.
No ano passado, as exportações chegaram a US$ 239,5 bilhões, com aumento de 9,6%. As importações cresceram 19,7% ao totalizarem US$ 181,2 bilhões.
O saldo da balança comercial em 2018 ficou em US$ 58,3 bilhões.
Nos três primeiros meses deste ano, de acordo com o governo federal, as exportações somaram US$ 18,12 bilhões em março, e as importações, US$ 13,13 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,99 bilhões.
O resultado representa uma queda de 1% nas exportações e uma alta de 5,1% nas importações.
O saldo positivo do mês passado representa queda de 22,27% na comparação com o mesmo período do ano passado, com saldo de US$ 6,42 bilhões.
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