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Dia de Doar: Movimento nacional incentiva a doação voluntária de gametas

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

03/12/2024 - 14:12 - Atualizada em: 03/12/2024 - 14:41

O Dia de Doar é uma campanha global que promove a solidariedade e a cultura de doação, realizada no Brasil desde 2013. Celebrado anualmente na primeira terça-feira após o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), o movimento faz parte do Giving Tuesday, incentivando indivíduos, empresas e organizações a contribuírem ativamente para causas sociais. Em 2024, o Dia de Doar é celebrado nesta terça-feira (3), mobilizando milhões de pessoas em todo o país.

Inspirada por essa iniciativa, Luciana Correia Vuyk, fundadora do projeto Laços da Fertilidade, ampliou o impacto do movimento ao criar campanhas específicas voltadas à saúde reprodutiva e ao planejamento familiar, com quatro movimentos nacionais que promovem educação, conscientização e solidariedade na reprodução humana assistida:

1. #BoraCongelar

Incentiva mulheres a considerarem o congelamento de óvulos antes dos 35 anos, possibilitando maior autonomia no planejamento da maternidade.

2. #DiaDeDoarÓvulos

Promove a doação voluntária de óvulos, de mulheres até 37 anos, para ajudar outras mulheres que, por questões de idade ou saúde, não conseguem engravidar com seus próprios óvulos. Este gesto pode transformar vidas sem comprometer a fertilidade da doadora.

3. #DiaDeDoarSêmen

Conscientiza homens sobre a importância da doação de sêmen, um recurso essencial para casais homoafetivos, mulheres solteiras e outros que necessitam de suporte para realizar o sonho da parentalidade.

4. #DiaDeDoarEmbriões

Encoraja a doação de embriões excedentes em tratamentos de fertilização in vitro, oferecendo novas possibilidades para famílias que enfrentam dificuldades na concepção.

Por que esses movimentos são importantes?

A doação de gametas e embriões, aliada ao congelamento de óvulos, apresenta soluções concretas para superar os desafios da infertilidade. Essas campanhas, lideradas pelo Laços da Fertilidade, informam, acolhem e encorajam a participação ativa da sociedade, tornando o planejamento reprodutivo acessível e mais compreensível.

No Brasil, a doação de gametas é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução 2.320/22, e deve ser realizada exclusivamente em clínicas licenciadas pela Anvisa, conforme estabelecido na RDC 771/2022.

Quem pode participar?

  • Mulheres, até 37 anos: que estejam em boa saúde e queiram, voluntariamente, doar óvulos para outras mulheres que sofrem com a infertilidade – essas mulheres devem procurar uma clínica de reprodução assistida, regulamentada pela Anvisa. A partir do interesse em doar, serão solicitados alguns exames que poderão definir se a doadora está apta a fazer o procedimento;
  • Pacientes (receptoras de óvulos ou sêmen): compartilhando histórias e informações para inspirar e apoiar quem enfrenta desafios semelhantes na jornada da infertilidade;
  • Especialistas: oferecendo consultas gratuitas, palestras ou orientação profissional, democratizando o acesso a informações seguras e precisas, especialmente para quem não pode arcar com os custos financeiros.

Beneficiados pela doação de gametas:

  • Mulheres com menopausa precoce ou acima dos 40 anos;
  • Pessoas com doenças genéticas que podem ser transmitidas à prole;
  • Pessoas que passaram por tratamentos oncológicos que comprometeram o sistema reprodutivo;
  • Casais homoafetivos;
  • Pessoas que desejam a maternidade ou paternidade de forma independente.

“Ainda hoje, pouco se fala sobre a preservação da fertilidade, tanto para mulheres quanto para homens, por meio do congelamento de material genético. No caso das mulheres, por exemplo, a partir dos 35 anos, a qualidade dos óvulos começa a diminuir. Muitas optam por postergar a maternidade devido a fatores profissionais ou pessoais, enquanto outras decidem inicialmente que não querem ter filhos – mas isso pode mudar. Foi o meu caso. Quando quis ser mãe, precisei recorrer à ovodoação para gerar minhas filhas. Essa experiência reforça a importância de ampliar o acesso à informação sobre o tema”, conta Luly Correia, mãe das gêmeas Gabriella e Isabella, de 6 anos.

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