Todos os anos, nesta época, volto a lembrar a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio.
Câncer, AIDS e doenças sexualmente transmissíveis já foram “assuntos proibidos”. Mas o número de vítimas aumentava e foi preciso quebrar os tabus e falar sobre o assunto, esclarecer, conscientizar e estimular a prevenção para reverter esse cenário.
Com o suicídio ocorre o mesmo, hoje é um problema de saúde pública e fala-se pouco nisso, mas o número de suicídios cresceu 43% nos últimos 10 anos. São 38 mortes por dia, mais do que as vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer.
Nove em cada dez casos de suicídio podem ser evitados, se a pessoa receber ajuda e atenção de quem está à sua volta.
O Centro de Valorização da Vida faz plantão 24 horas por dia para aconselhar pessoas em depressão e risco de suicídio pelo telefone 188.
Suicídio entre jovens
No Brasil, em média, 2,7 adolescentes por dia tiram a própria vida, mas esse número vem crescendo seis por cento ao ano nos últimos dez anos.
No início da adolescência, a área do cérebro responsável pela sensação de prazer se altera. Os brinquedos infantis perdem a graça e são abandonados.
Isso gera o tédio, que tem um lado positivo, pois leva o jovem a buscar novas atividades, mas nessa busca o jovem passa muito tempo solitário.
O acesso ilimitado a jogos, vídeos e redes sociais na Internet, o expõe ao bulling, além de roubar muitas horas de sono, o que pode provocar estresse e depressão.
Isso facilita o distanciamento dos pais que, assoberbados pelo trabalho, custam a perceber o desgaste dos vínculos afetivos, que provoca a ausência de diálogo e a dificuldade para pedir ajuda.
Também existe muita facilidade de acesso a drogas que provocam transtornos psicológicos e podem levar a pensamentos suicidas.
Pais, mães e educadores! Ouçam os jovens, procurem entender seus anseios, inquietudes e angústias. Estejam ao seu lado, protegendo-os deste risco.
Se precisar , peça ajuda. Ligue 188.