Cumpre-nos relembrar a sociedade que a indústria, força motriz da economia, foi um dos setores severamente impactados pela pandemia. Por isso, uma das principais promessas do governo eleito, seria a prioritária recuperação desse setor.
Vale salientar ainda, que por ocasião da posse, o vice-presidente Geraldo Alckmin manifestou compromisso com a retomada da indústria. Importante considerar, sobretudo, que a comunidade industrial elaborou seus orçamentos em final de 2022, prevendo a continuidade da desoneração.
Fatalmente, o descumprimento dessa promessa, impactará negativamente nos planos de investimentos e crescimento das empresas. Outrossim, respectiva medida, promoverá desindustrialização, comprometerá a competitividade e intensificará a inflação, já que o custo da reoneração recairá sobre o consumidor.
A sustentação do novo governo passará, obrigatoriamente, pela urgente definição das novas regras para as contas públicas e implantação da tão esperada reforma tributária. Não se pode ignorar que a máquina administrativa brasileira está entre as mais caras, e menos produtivas, do mundo.
Se não bastasse a voraz carga tributária, pesquisa do Banco Mundial aponta que o Brasil lidera o ranking dos países em que as empresas gastam mais tempo para apurar e pagar seus incontáveis impostos.
Evidencia-se, por fim, que o peso e ineficiência do Estado brasileiro sempre reprimiu o processo de crescimento e desenvolvimento. Sempre penalizou quem produz e arrecada. A comunidade empresarial e consumidores não poderão mais pagar essa ineficiente conta.