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“Chegou o momento do PMDB”, diz Pinho Moreira ao defender unidade em torno de Mariani

Por: Elissandro Sutil

15/08/2017 - 11:08

O PMDB catarinense começou a semana jogando suas fichas em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Além de cumprir uma agenda que incluiu visitas aos hospitais, almoço com lideranças e reunião na Prefeitura, o vice-governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira – acompanhado do deputado federal Mauro Mariani; do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Carlos Chiodini, e recebido pelo prefeito Antídio Lunelli -, falou sobre política com os jornalistas e respondeu a perguntas sobre os planos do partido no Estado.

A candidatura própria é, para Pinho Moreira, uma questão definida. Nesse ponto, o vice-governador disse que o nome do deputado federal Mauro Mariani é consenso, por sua trajetória política e bom trânsito em Brasília – essencial, segundo ele – para quem deseja governar o Estado. Também defendeu as medidas de austeridade implantadas no município pelo prefeito Antídio Lunelli, citando- as como exemplo a ser seguido na construção de um novo país – “o modelo das concessões, de muitos direitos e poucos deveres, acabou, ficou insustentável”, argumentou.

E, voltando às eleições, afirmou que espera que Raimundo Colombo (PSD) cumpra promessa feita em 2014 e apoie o projeto do PMDB. Abaixo, os temas abordados pelo vice-governador que diz que não deve concorrer no pleito do próximo ano em função da renúncia de Colombo.

Peemedebistas Mauro Mariani, Antídio Lunelli, Pinho Moreira e Carlos Chiodini em encontro nesta segunda, na Prefeitura de Jaraguá do Sul | Foto Eduardo Montecino/OCP

Eleições 2018

“Nas duas últimas eleições, o processo político exigiu que o PMDB agisse pensando no bem de Santa Catarina. Mas, agora em 2018, o acordo feito é que o Colombo iria apoiar o PMDB. Esse acordo foi feito entre ele, Luiz Henrique da Silveira, eu e o senador Casildo Maldaner. Duas testemunhas ainda estão vivas. Esperamos que isso ocorra. Mas o PMDB terá candidato em qualquer cenário político.”

Reflexos da crise em Brasília em SC

“O PMDB de Santa Catarina é diferente. O próprio Luiz Henrique tentou comandar o Senado contra a ala do Renan Calheiros, que acabou vencendo apoiado por Dilma. Aqui em Jaraguá do Sul temos outro exemplo disso. No Estado, temos duas administrações de Luiz Henrique e mais de cem prefeituras. O PMDB tem história, tem ficha corrida. É o maior partido do Estado e não por acaso.”

Momento de virada

“Chegou a hora das mudanças. O Brasil não admite mais concessões, o modelo de muitos direitos e poucos deveres. Temos que ter coragem para enfrentar as dificuldades. Só assim o país sairá da crise. E o PMDB tem dado as bases para as mudanças, o teto de gastos públicos, a reforma trabalhista. Nesse ponto, a sociedade precisa ficar atenta e defender a necessidade das reformas. Cuidado com os movimentos nas redes que dizem que a reforma trabalhista vai acabar com os direitos dos trabalhadores. Isso não é verdade. O momento econômico exige responsabilidade. O PMDB entende isso. Aqui em Jaraguá do Sul, por exemplo, o prefeito Antídio Lunelli tomou decisões difíceis, mas acertadas, enfrentou a greve com serenidade. A Prefeitura não existe só para pagar a folha dos servidores. A cidade precisa de investimentos.”

Reforma política

“Para cada eleição é uma regra diferente. Infelizmente, fazem a reforma para beneficiar aqueles que estão lá e não para melhorar o sistema. O Luiz Henrique – grande estudioso processo político –  defendia o parlamentarismo. Quem fez a Constituinte – eu participei – fez pensando no parlamentarismo e depois a sociedade decidiu pelo presidencialismo e aí ficou essa coisa mal acabada. O LHS também era defensor do voto em lista, porque as pessoas deveriam votar em programas não em pessoas, pelo simples motivo que as pessoas podem mudar  de ideia, os programas não. A cláusula de barreira também é necessária, temos que diminuir sensivelmente o número de partidos.”

Mauro Mariani para governador

“Isso é uma coisa definitiva. O PMDB de Santa Catarina é o mais forte do Brasil, com melhor desempenho. Temos o dobro do número de vereadores que o segundo colocado, temos mais de cem prefeitos. Se LHS tivesse vivo, teríamos dois senadores. Temos serviços prestados. O último projeto de modernização do Estado foi feito pelo PMDB com a descentralização. Temos prefeitos importantes como Antídio Lunelli (Jaraguá), Udo Döhler (Joinville), Gean Loureiro (Florianópolis) e Volnei Morastoni (Itajaí).

Chegou o momento do PMDB. Fizemos concessão ao PSD do governador Colombo em 2006, 2010 e 2014 e agora esperamos a retribuição. Foi o acordo que fizemos lá atrás. De qualquer maneira, o Mauro (Mariani) se credenciou para ocupar este espaço de candidato a governador pela sua história política e administrativa. Foi duas vezes prefeito, deputado estadual, federal, secretário de Infraestrutura, tem trânsito em Brasília, o que é vital para quem quer ser governador.

Depois de viajarmos por toda Santa Catarina, percebi que é a hora de nos unirmos e não tem voz dissonante no partido, com a unidade que o PMDB demonstra, nós somos competitivos em qualquer cenário. É claro que nós vamos buscar partidos coligados e nesse momento nosso maior interesse é no PSDB. Até porque queremos apoiar a candidatura Geraldo Alckmin à presidência. Não tenho dúvida que ele é a melhor opção.”

Futuro político

“Sou soldado do partido. Meus gestos sempre foram de fortalecimento do PMDB. Se (Raimundo) Colombo renunciar, como tem dito que fará, serei governador. Não posso ser candidato, então serei o principal cabo eleitoral do Mauro Mariani.”

ANÚNCIO DE VAGAS NO SINE

Depois da polêmica em torno de anúncios de vaga de emprego publicados pela agência do Sine, na semana passada – que tinham como pré-requisitos que as candidatas fossem mulheres, de 22 a 30 anos, solteiras e sem filhos, o balcão de empregos mudou. As vagas só trazem exigência de conhecimentos na área.

DIETER PARTICIPA DE ENCONTRO

Dieter Janssen (PP) participou da agenda do PMDB em Jaraguá do Sul. O ex-prefeito tem reafirmado a intenção de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa, em dobradinha com Carlos Chiodini (PMDB), que irá buscar uma vaga na Câmara Federal.

NA CÂMARA:

 

Ressuscitando a polêmica

Ninguém fala oficialmente sobre o assunto, mas a possibilidade de Jaraguá do Sul ter mais cadeiras na Câmara de Vereadores voltou a ser debatida internamente. A ala que defende o aumento no número de parlamentares – de 11 para 15 e depois 19 – planeja colocar o tema em pauta no apagar das luzes, em dezembro, diminuindo a repercussão.

 

A ex-vereadora e ex-secretária de Habitação, Maristela Menel (PSD), voltou a trabalhar na Câmara. Dessa vez, foi nomeada como assessora parlamentar de Jackson Ávila (PMDB). Já havia trabalhado para o pai dele, José de Ávila, o Zé da Farmácia.

Com um déficit mensal de cerca de R$ 50 mil, os bombeiros voluntários estão preocupados com o futuro dos atendimentos. O assunto foi abordado na Câmara de Vereadores pelo presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, Ivan César Fallgatter. Quem está liderando as discussões e a busca por alternativas é o vereador Anderson Kassner (PP).

 

 

 

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP