As redes sociais tiveram, reconhecidamente, importância fundamental na vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição de outubro passado. Ele soube sem dúvida se aproveitar da superficialidade da grande massa de internautas para engajar e polemizar.
Porém, como grande parte da imprensa já vinha alertando, desde antes da posse, os problemas do Brasil são reais e exigem soluções sérias que não cabem em um tuíte. Mesmo assim, o mercado estava entusiasmado com a mudança de rota que pareceu sair das urnas.
Bolsonaro montou uma equipe econômica comprometida com ajustes e reformas. A Bolsa bateu sucessivos recordes desde outubro e o dólar caiu. A euforia estava instalada.
Só que as promessas e expectativas ainda não se transformaram em realidade e nem se encaminham com boas projeções, o que acabou fazendo o clima de incerteza voltar a se instalar.
Pior, parte do governo e dos deputados parecem estar mais preocupados, como disse Eliane Cantanhede no Estadão, com os quatro milhões de bolsonaristas da internet do que com os 200 milhões de brasileiros.
De outro lado, a oposição, a declarada e a que se faz de neutra, torce para o quanto pior melhor.
Alguns líderes ainda não conseguiram deixar para trás o clima de eleição.
Governo e oposição se distraem no bate boca virtual e a economia fica cambaleando com reflexos diretos nas empresas e na vida do já sofrido povo brasileiro. Já são mais de 13 milhões de desempregados e a informalidade crescente.
A situação é grave independente do ângulo em que se observa. Uma das principais razões que garantiram a eleição de Jair Bolsonaro, no ano passado, foi sua promessa de fazer a economia crescer após quatro anos de estagnação e crise.
E qualquer político realmente preocupado com o país sabe que na situação atual a prioridade das prioridades deve ser trazer segurança para novos investimentos.
A importância de a economia crescer não está em um índice ou outro, em favorecer este ou aquele político, está no impacto positivo que um mercado aquecido tem na vida das pessoas.
Mais empregos, melhores salários, mais oportunidades, mais comida na mesa, mais acesso à saúde, educação e segurança.
Não interessa de que lado se está na política, quem foi eleito para servir à população, seja no Executivo ou Legislativo, de direita, centro ou esquerda, precisa ter responsabilidade com os rumos do país.
Debates importantes
Iniciativa da Fundação Ulysses Guimarães, presidida pelo deputado federal Carlos Chiodini (MDB), o Painel Brasil em Pauta, que discutiu o desarmamento, reuniu mais de 400 pessoas na noite de quinta-feira na Católica. O próximo evento, em abril, será um debate sobre a reforma da previdência.
Orçamento impositivo
O senador catarinense Esperidião Amin (PP) será o relator da PEC do Orçamento Impositivo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
O texto, aprovado na Câmara na quarta-feira (27), deverá ser apreciado na próxima semana. Na prática, a matéria tira um pouco da força do Executivo e dá mais autonomia aos parlamentares.
Destino correto
O Ponto de Entrega Voluntária (PEV), criado pela Fujama completou um mês de operação nesta semana. Neste período foram entregues no PEV uma média de quase mil quilos por dia de materiais considerados sem serventia, como móveis e eletrodomésticos velhos, que acabavam indo parar em terrenos baldios.
Cerca de 500 pessoas já utilizaram o local para onde levaram 220 litros de óleo, cinco toneladas de madeira, 3,4 toneladas de eletrônicos, quatro toneladas de outros materiais reciclados pelas cooperativas, 1.800 lâmpadas e 15 toneladas de materiais inservíveis destinados ao aterro industrial.
Sem irregularidade no Fundeb
Ministério Público arquivou inquérito que investigava possíveis irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), de Jaraguá do Sul.
Por mais segurança
Vereador Anderson Kassner (PP) reforçou apelo por mais segurança no bairro Rio Cerro. Um dos pedidos é para instalação de uma câmera de vídeo monitoramento próximo à Escola João Romário Moreira e a sugestão da criação da Rede de Vizinhos. O aumento de furtos tem preocupado a comunidade.
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