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Lei 15.108/2025 amplia proteção previdenciária para menores sob guarda judicial e enteados

Foto: Freepik

Por: Marcos Roberto Hasse

04/11/2025 - 15:11 - Atualizada em: 04/11/2025 - 15:41

A proteção previdenciária no Brasil acaba de dar um passo importante com a Lei 15.108/2025, sancionada em março de 2025. A novidade garante que crianças e adolescentes que vivem sob guarda judicial, tutela ou como enteados tenham direitos equiparados aos de filhos biológicos para fins de benefícios do INSS, como a Pensão por Morte.

Historicamente, menores sob guarda de avós, tios ou padrastos enfrentavam barreiras legais para ter acesso à proteção previdenciária, ficando muitas vezes desprotegidos. Com a nova lei, essa exclusão é corrigida, trazendo segurança jurídica e proteção integral para esses arranjos familiares diversos.

Agora, passam a ser considerados dependentes equiparados a filho:

  • Menores sob guarda judicial: inclui netos, sobrinhos ou qualquer criança que esteja sob a guarda legal de familiares ou responsáveis.
  • Enteados: já reconhecidos anteriormente, agora com reforço legal e padronização da equiparação.
  • Menores sob tutela: continuam protegidos pela legislação.

Para que o benefício seja concedido pelo INSS, é necessário cumprir duas condições fundamentais:

  1. Declaração formal de dependência: o guardião, avô, tio ou padrasto deve formalizar junto ao INSS que o menor sob sua responsabilidade é dependente.
  2. Comprovação de dependência econômica: é preciso demonstrar que o menor não possui recursos próprios suficientes para seu sustento e educação.

Essa exigência garante que o benefício seja destinado apenas a menores realmente dependentes do segurado, evitando fraudes e garantindo justiça social.

A Lei 15.108/2025 representa uma vitória significativa para a proteção de crianças e adolescentes, reconhecendo a diversidade dos arranjos familiares e ampliando o acesso à previdência social. Além disso, reforça o princípio da proteção integral, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo que todos os menores sob cuidados de familiares ou tutores tenham direito a uma rede de proteção segura.

Para famílias que cuidam de netos, sobrinhos ou enteados, a recomendação é organizar a documentação: ter a guarda judicial formalizada, registrar a declaração de dependência no INSS e comprovar a dependência econômica do menor. Com esses passos, é possível assegurar que o futuro dos pequenos esteja protegido.

 

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Marcos Roberto Hasse

Proprietário da Hasse Advocacia e Consultoria, se envolve diretamente em todas as áreas do escritório. Iniciou sua paixão pelo Direito na Faculdade de Direito em Curitiba/PR durante 4 anos, onde concluiu seu último ano de Graduação através da FURB – Universidade Regional de Blumenau/SC em (1995). Pós Graduado em Direito Tributário e Processual Tributário (2002), pela UNIVILLE –Universidade da Região de Joinville/SC, conta com a participação em Congressos Nacionais e Internacionais para desenvolver seu conhecimento e auxiliar o interesse de seus clientes. Possui mais de 20 anos de experiência nas matérias de Direito Civil, Tributário, Previdenciário, Trabalhista e Ambiental, onde também atuou como professor na UNERJ – Universidade Regional de Jaraguá do Sul/SC, hoje Católica de Santa Catarina.