Aproxima-se uma das datas mais importantes e significativas do cristianismo. O caminho ritualístico se dá pela Quaresma, que ao se concluir, inicia-se os rituais do Domingo de Ramos, Lava-pés, Sexta-feira Santa, Sábado de Aleluia e, por fim, a Páscoa. Esta, que com todo seu simbolismo, relembra, festivamente, a saída do povo judeu do Egito, após 400 anos de escravidão, ou sacrifícios.
Lembra também “passagem”, por estar relacionada à noite em que a última praga foi lançada sobre o Egito, tendo o anjo de morte ferido os primogênitos egípcios, marcando a libertação do povo judeu. No entanto, o senso comum da sociedade imediatista contemporânea, relaciona a Páscoa muito mais com festa do ovo de coelho, do que com reflexão espiritual.
As consequências desse superficialismo são diversas e, por vezes, trágicas. Há que se entender a Páscoa como mensagem da Cruz, ou seja, como o maior dos sacrifícios, significando o triunfo sobre a morte. A humanidade está passando pelos angustiantes sacrifícios da intolerância, preconceitos de toda ordem, conflitos, desunião, paranoias diversas, representando um ciclo preocupante de desumanização.
Por isso, a mensagem essencial da Páscoa, que vale para qualquer religião, é libertação de tudo que nos faz desumanos. Se não temos o poder de triunfar sobre a morte, que triunfemos sobre a vida, deixando renascer a esperança, a compreensão, a união, a justiça, o respeito, a solidariedade, a compaixão, a paz e o amor. É com esse espírito que nós, da Rede OCP de Comunicação, desejamos a todos uma Feliz Páscoa de reflexão.