O Brasil produz cerca de 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos domiciliares e urbanos ao ano. Passa a ser um dantesco e pernicioso volume, para um país que não tem a cultura do reaproveitamento. Pelo contrário, a cultura do desperdício suplanta a da reutilização. Por isso, torna-se imprescindível reverter essa lógica. E nada mais conveniente se promovido pela gestão pública.
A adoção de práticas sustentáveis em reformas do patrimônio público, por exemplo, é importante não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico e social. O aproveitamento de materiais usados pode ajudar a reduzir o uso de matérias-primas para confecção de materiais novos, e, por conseguinte, reduzir o lixo nos aterros e diminuir os resíduos em construções.
Portanto, com criatividade e senso de utilização acurado, muitas obras podem ser revitalizadas, minimizando sobremaneira os impactos ambientais e econômicos. Evidentemente que tal iniciativa não se restringe a iniciativa pública. Esta cultura precisa ser difundida em todas as instâncias da sociedade.
Um recente exemplo em Jaraguá do Sul merece ser enaltecido: boa parte do material de pavimentação (paver) que foi removido durante os trabalhos de revitalização da Praça Ângelo Piazera e do Calçadão, localizados na área central da cidade, será reutilizado em outra obra significativa, ou seja, na reforma do Centro Esportivo Municipal Murillo Barreto de Azevedo, situado no bairro Tifa Martins, onde está localizada a pista de atletismo.
Respectivo material será aplicado no estacionamento de acesso ao complexo esportivo, e nas dependências do Centro Administrativo Municipal, no bairro Rio Molha. Profícua iniciativa.
