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“Endodontia: tire suas dúvidas sobre o tratamento de canal”

Foto pixabay.com

Por: Thais Luana Klitzke

22/08/2019 - 15:08 - Atualizada em: 22/08/2019 - 15:37

Muita gente tem medo de ir ao dentista fazer consulta de rotina, mas quando se fala em tratamento de canal, esse medo se intensifica – afinal, essa especialidade tem sua reputação. Com uma fama de doer bastante e ter um pós-operatório dolorido, a endodontia costuma assustar algumas pessoas.

No entanto, a odontologia evoluiu muito e o tratamento já é bastante diferente de como era realizado antigamente e não há motivos para tanto pavor.

Para desmistificar o procedimento preparemos um guia sobre o assunto:

O que é o tratamento de canal?

O tratamento do canal consiste na retirada da polpa do dente, que é um tecido mole encontrado em sua parte interna, repleto de vasos sanguíneos e onde fica o nervo. Uma vez que a polpa foi danificada, infeccionada ou morta ela é removida.

Então precisamos abrir o dente, remover os tecidos, realizar a limpeza e desinfecção do espaço interno e após preencher o canal com um material odontológico de selamento.

Quais são os sinais e sintomas que indicam a necessidade do tratamento?

Dor pulsátil que pode durar horas, podendo irradiar para outros dentes e regiões, sensibilidade a temperaturas quentes e frias, sensibilidade na mastigação.

Por que o canal infecciona?

Existem três condições principais que levam uma pessoa a precisar de um tratamento de canal.

  • Infecção provocada por cárie

Quando as bactérias penetrarem no dente até chegarem à polpa, toda aquela área fica inflamada e acaba infeccionando. Como é ali que se encontra o nervo, o inchaço da região causa dor, e a polpa pode necrosar e até liberar pus.

  • Trauma ou fratura dentária

A segunda razão é por algum trauma ou fratura que o dente possa ter sofrido. Seguindo a mesma linha, o trauma pode danificar a polpa a ponto de necrosá-la, causando o mesmo processo de infecção provocado por cárie.

  • Necessidade de prótese dentária

A terceira razão é quando há necessidade protética, como um dente que precisa de coroa. Apesar de não ser a primeira escolha, por vezes é necessário tratar o canal antes de fazê-la.

Tratar o canal dói?

Provavelmente, o maior mito que existe em relação ao tratamento de canal diz respeito a dor que o procedimento causa. A dor é causada pela infecção do dente e quanto mais tempo o paciente demora na busca, maior ela poderá ser.

Todo o procedimento é feito com anestesia local e durante o tratamento, não deve doer. Claro, infecções muito graves podem não garantir a mesma tranquilidade, mas, de maneira geral, o paciente não sente nada.

E se o tratamento de canal não for realizado, o que pode acontecer?

A necrose da polpa pode se estender para a região do periápice (a ponta da raíz dentro do osso), podendo ocasionar perda óssea, formação de granulomas e cistos, além de afetar outros dentes adjacentes.

Consequências mais graves, como uma bacteremia – presença de bactérias na corrente sanguínea também podem ocorrer.

Em quantas sessões é feito o tratamento de canal?

Se o dente não estiver infectado, uma sessão de tratamento é suficiente. Em casos de infecções maiores, duas ou mais sessões podem ser necessárias para promover uma boa limpeza e descontaminação da câmara pulpar e do canal radicular.

Dra. Thais klitzke Kuszkowski – Especialista em endodontia pela UniABO/SC em Forianópolis (2013), capacitação em estética Dental pelo IOA em Balneário Camboriu (2014), capacitação em Microoscopia Operatória (2018) e capacitação em Estética Orofacial (2019)

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Thais Luana Klitzke

Especialista em Endodontia e aperfeiçoamento em Estética dental.