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“Ei, vamos dançar?”

Por: Zeca Jr.

12/02/2021 - 00:02 - Atualizada em: 12/02/2021 - 00:50

Em tempos de pandemia mundial, fica difícil de se fazer isso presencialmente, mas o bom é que lembranças ainda não podem nos proibir de tê-las!

E como é bom recordar, tantos os mais jovens como os de idade mais avançada possuem suas lembranças, ainda mais quando são de momentos tão especiais como os bailinhos de garagem que eram o auge para o pessoal da minha geração, ou a primeira saída para a vida “notúrnica” em algum clube, salão de baile ou boates.

Falo isso porque no domingo da semana que passou, estava dando uma volta de carro com meu pai que está prestes a completar seus 91 anos de idade e quando passamos em frente a antiga “Recreativa Kohlbach”, ou salão do Kohlbach como era conhecido nos anos 80, meu pai disse: “Aqui era o Salão Poeira, dancei alguns bailes aqui!” Questionei por que Poeira, ele disse que não recordava, então pensei que talvez pudesse ser pelo fato das ruas não serem pavimentadas ou quem sabe pelo costume que ainda podemos ver em alguns salões do interior, que é de espalhar fubá na pista para ficar mais escorregadia, sendo melhor para dançar.

Dessa lembrança do meu pai, sugeriu que minha mente começasse a fazer uma retrospectiva de tantos lugares que frequentei aqui em Jaraguá e que hoje fazem parte do arquivo das minhas boas lembranças.

Meu “debut” nos salões foi justamente por essa época do ano, deveria ter uns 12 ou 13 anos quando acompanhado dos meus pais, fui no meu primeiro baile, um baile de Carnaval no salão do Juventus (Sim, o Juventus era conhecido por realizar grandiosos bailes!), na sequência já com 15 anos chegara a hora de ir a um baile sozinho, ou melhor dizendo, na companhia de amigos, era a época dos glamourosos Bailes de Debutantes promovidos anualmente pelo Clube Atlético Baependi, que tinham sempre a frente na organização o saudoso Sr. Arno Henschel, que sabia como ninguém, organizar os bailes do “aristocrático” clube.

Dos bailes às boates, tínhamos a Boate do Baependi, com o DJ Bibbe Andreatta, o Cäesar’s Club (minha festa dos 16 anos foi lá!) em todas as suas versões com os DJ´s Paulico e seu irmão Cássio, Pachequinho e uma série de outros nomes que agora me fogem da mente.

O mais interessante dessa época, é que muitas vezes nos aventurávamos por locais menos “ortodoxos” para a conhecida “troupe do centro”, que era dar uma escapadinha até o salão do Döering (No Döering aconteceu a festa de casamento dos meus pais), ou quem sabe, sacudir o esqueleto no “Put Fire” (Botafogo) ou Vitorinha (Vitória da Ilha da Figueira), esses dois últimos que tornaram-se point aos domingos para toda a galera. Era sagrado, ir à Missa e depois pra festa!

Na sequência vieram as inesquecíveis festas e shows na Marrakech, Noite dos Anos 60 (era 60 mesmo!), Noite Vamp, show do Ultrage a Rigor, Noite Country, show com Nikki French, Festas da Espuma e tantas outras noites. Lembro que nós íamos pra boate na sexta-feira e no sábado pela manhã, às 6 horas, eu já tinha que estar no ponto de ônibus para ir pra Faculdade em Blumenau.

No ano de 95 foi a vez da Notre Dame, que rapidamente tornou-se referência para a “jeunesse dorée”, com a casa sempre lotada nas noites de quinta, sexta e sábado. Trazendo para o público jaraguaense nomes como Mamonas Assassinas, Engenheiros do Hawaii, Fernanda Abreu, Deborah Blando, Paralamas do Sucesso, Capital inicial, Alexandre Pires, Papa Winnie, Information Society e tantos outros nomes do cenário musical nacional e internacional.

Contemporâneos da Notre foram o Big Bowlling, o Café Confusão diga-se de passagem, as melhores noitadas de Jaraguá com suas noites pra lá de originais, a Atomium (que funcionava no salão Poeira, o mesmo que citei no início desse texto), Eleven, Hangar 21, La Santidad, o Ateliê (saudades daqueles drinks), Hari-Om, que depois tornou-se Combat!, o Moinho Disco que tornou-se Patuá, London Club (e os porres homéricos!), a Jump que tornou-se a The Way e a rOOm que depois tornou-se a Epic.

Meu Deus, tanta coisa para lembrar, tantas histórias vividas nesses lugares, tanta diversão, amigos, desentendimentos, choro, alegria, o melhor de tudo é saber que vivemos intensamente cada momento que esses lugares nos proporcionaram.

Se eu perguntar nos dias de hoje, “aonde você me levaria para dançar no sábado a noite”, será que teríamos uma resposta?

Acredito que não! Mas tudo bem, isso é coisa para a geração que está vindo aí, por enquanto estou bem na minha casa, assistindo meus seriados na Netflix.

No Pirata

Sexta tem Kravan Acústico no Pirata. (foto Shéris Sartori)

Marujos ao mar! Final de semana começando em grande estilo, com muita música boa, cerveja gelada e a companhia dos melhores amigos.

Para incrementar tudo isso nessa sexta-feira (12), tem projeto novo na embarcação do Capitão. No palco, o duo da banda Kravan fazendo aquele acústico com as melhores canções do universo do rock.

Vale lembrar que os cuidados devem ser mantidos, por isso o Pirata está seguindo todas as normas de segurança conforme orientação da prefeitura de Jaraguá do Sul.⠀⠀⠀⠀

O público está limitado a 30% da capacidade, mesmo assim a casa orienta para que todos mantenham as distâncias entre pessoas e tragam suas máscaras. ⠀⠀⠀⠀

As mesas poderão ter no máximo 4 pessoas, ao transitar pelo bar você deve estar usando máscara.

Tributo Patifaria

A banda Patifaria fará no próximo dia 19, um tributo ao músico Daniel Lucena.

O sempre amigo Paulico e sua troupe da banda Patifaria, fazendo aquela homenagem ao músico Daniel Lucena que nos deixou no final do ano que passou, indo cantar nos palcos de outras dimensões.

Quem apresenta essa super live é a Rádio Supernova FM, às 19h do próximo dia 19 de fevereiro, através do Youtube /Rádio Supernova FM e /Patifaria. Com certeza será uma noite memorável para lembrar os sucessos de Daniel Lucena.

Fica o Convite.

Casa Treë

A Casa Treë é o novo point na cidade.

O novo point aqui na cidade para a galera que curte um ambiente que reúne diversão, moda e gente bonita é a Casa Treë. partindo pelo cardápio da casa, uma variedade sem tamanhos de drinks, hamburgueres e petiscos, sendo que o destaque fica para o Bolinho de Costela.

Para quem ainda não sabe, Casa Treë, fica naquela casinha simpática da Domingos da Nova, coladinha a Studio FM. Com certeza uma ótima pedida para curtir com os amigos dentro da casa ou no deck.

Os horários de funcionamento são de quarta a sexta-feira das 18 à meia noite, aos sábados das 16 às 2h e aos domingos das 16h à meia noite também. Fica o toque.

Vamos embora que a litorina não espera.
Até semana que vem!

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Zeca Jr.

Professor e colunista do Por Acaso, trazendo temas polêmicos e os eventos da região.