De acordo com o Banco Central, o Brasil registrou superávit primário nas contas públicas consolidadas referente ao exercício de 2021. Significa dizer que, o balanço público de todas as receitas menos as despesas do governo, excetuando-se os gastos com pagamento de juros, apresentou resultado positivo.
É um dado importante que impacta positivamente o cenário econômico financeiro. Basicamente, a obtenção de superávit primário pode-se dar de três maneiras: i) por meio de aumento da arrecadação dos impostos; ii) por meio da redução dos gastos da máquina pública; e iii) por meio da combinação dos itens (i) e (ii). Relatórios técnicos do Banco Central demonstram que este superávit é produto do item (iii) retro, ou seja, o crescimento verificado do PIB, da ordem de 4,5%, contribuiu diretamente para o aumento da receita de arrecadação.
E pelo lado da despesa, houve redução do custo da estrutura pública. Ainda conforme o Banco Central, o resultado primário é relevante porque indica para o mercado, consistência entre as metas macroeconômicas e, notadamente, a sustentabilidade da dívida.
Em essência, isso traduz a capacidade do governo em honrar seus compromissos, gerando, por conseguinte, uma série de benefícios como: redução do risco Brasil frente a comunidade internacional; atração de investimentos externos; valorização do Real, que por sua vez, acaba impulsionando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo; além de outras vantagens.
Em que pese 2022 ser um ano eleitoral, espera-se que essa prática, conjugada com outros avanços, possa perdurar para o bem da Nação.
