Quase 20 anos depois:
O que eu aprendi sobre medicina, carreira, vida, família e escolhas
Onde tudo começou – Astorga-Pr
Em 2000, eu pisei pela primeira vez no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba-PR. Não como estudante, nem como médico — mas como paciente.
Eu tinha um diagnóstico que nenhuma criança está preparada para ouvir: câncer. Mais especificamente, Linfoma — o popular “câncer das ínguas”.
Foram seis meses de tratamento com quimioterapia. Seis meses de incertezas, medos, lágrimas… mas também de encontros, de cuidado e de humanidade.
E talvez o maior efeito colateral daquele tratamento não estava escrito em nenhuma bula: eu me apaixonei por aquele ambiente.
Ali eu descobri que a medicina podia ser mais do que um tratamento. Podia ser presença. Podia ser escuta. Podia ser esperança viva.
E foi assim que nasceu um sonho: ser oncologista pediátrico. Não por vaidade. Não por status. Mas porque eu sabia que alguém, um dia, precisaria de mim — do mesmo jeito que eu precisei de outros.
O segundo degrau
Em 2006, eu entrei na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), para cursar medicina.
Como todo jovem que pisa pela primeira vez na universidade, eu tinha mais perguntas do que respostas.
Sabia que amava gente. Sabia que amava futebol. Sabia que queria deixar um legado maior do que eu mesmo.
E sabia, acima de tudo, que a cura que eu buscava nunca seria só ciência. Sempre seria também emocional, espiritual, humana.
Foi na faculdade que eu dei os primeiros passos práticos nesse propósito: Fui pesquisador. Fundador de liga acadêmica. Voluntário em projetos sociais. Aluno que estudava de madrugada.
Mas, acima de tudo, um aprendiz da vida.
O que aconteceu nesses 20 anos
De lá pra cá, vivi o improvável.
Fui onde nunca imaginei que poderia ir.
Me tornei médico. Me especializei em oncologia pediátrica. Cuidei de centenas de crianças e famílias. Abracei histórias que me marcaram pra sempre. Chorei perdas. Comemorei vitórias.
Descobri que o diploma não é um troféu de chegada — é uma permissão para servir.
Construí minha carreira não só nos hospitais, mas também no campo da educação, da liderança e do desenvolvimento humano.
Percebi que a vida real não cabe num livro de medicina. Porque a medicina é feita de gente.
E gente é complexa, é bonita, é frágil, é forte, tudo ao mesmo tempo.
O que eu aprendi
Depois de quase 20 anos desde aquele diagnóstico, olhando pra trás, entendi que:
- Medicina é ferramenta. Propósito é direção.
- Carreira se constrói com consistência, e não com pressa.
- Vida é agora. Não dá pra terceirizar presença.
- Família é um presente que merece prioridade e não sobra de tempo.
- Escolhas são sementes. Cada uma germina um futuro diferente.
O futuro?
Sigo aprendendo. Sigo servindo. Sigo ensinando. Sigo me deixando surpreender pela vida.
Hoje, talvez eu seja a mensagem viva que um dia eu mesmo precisava ouvir:
Que é possível vencer o câncer. Que é possível ser médico sem perder a humanidade. Que é possível construir uma carreira com propósito e família por perto.
Porque, no final das contas, a vida não é sobre títulos. Não é sobre número de pacientes atendidos. Não é sobre currículos.
A vida sempre será sobre pessoas.
Sempre foi. Sempre será.
Huguinho, é manter a vida com a chama acesa de uma criança, com um mundo de possibilidades.
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Sou o Dr. Hugo Oliveira, médico, mentor, treinador e palestrante na área de desenvolvimento humano, com uma missão clara: transformar vidas. Combino minha formação em medicina com um foco intenso em liderança emocional, mentalidade imparável e crescimento pessoal. Minhas experiências pessoais, familiares e profissionais – incluindo a superação de um câncer aos 14 anos e uma carreira pautada pela excelência médica – me impulsionam a ajudar pessoas a desenvolverem uma vida de valor, com identidade, propósito e prosperidade em suas jornadas.
Fundou o Instituto do Câncer Oliveira, em Joinville-SC (@institutooliveirasc), para oferecer apoio a famílias com diagnóstico de câncer, em uma missão que também reflete meu compromisso com os princípios e valores cristãos.
Meu trabalho envolve viver uma vida que vale a pena ser vivida, com sendo quem você é, sendo diferente, se sentindo bem e sendo inesquecível por todos.
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