Grande parte da sociedade brasileira testemunhou, perplexa, a pena imposta ao deputado federal mais votado do Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Em que pese o clima de polarização e revanchismo que paira no Brasil político, a instituição maior, que é a Democracia, não pode ser maculada.
No caso Dallagnol, foram, proposital e tendenciosamente, ignorados os pressupostos fundamentais da Democracia: representação, participação e justiça social. A arbitrária decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), da qual, de forma pusilânime, se curvou a Câmara, ou a casa de representação popular, não se fundamentou na Carta Magna, senão, em posições doutrinárias proselitistas.
Este premeditado julgamento nos mostra a cara escancarada de um Estado despótico, pouco afeto às liberdades públicas, que traduzido para a linguagem popular, poderia se chamar totalitarismo. A sumária cassação de Dallagnol, legitimamente eleito, não restringiu sua consistente representatividade, mas criminalizou a política brasileira. Não ceifou, de forma abusada, 345 mil votos, mas, subtraiu o pluralismo político. Não impediu o direito de um representante do povo, mas, adulterou o governo do povo, para o povo e pelo povo.
A Rede OCP de Comunicação se solidariza com o deputado e nosso colunista Deltan Dallagnol, ao mesmo tempo que repudia todo e qualquer julgamento que ultrapasse a fronteira da justiça.