“A ordem natural das coisas”

Por: Zeca Jr.

27/07/2018 - 10:07 - Atualizada em: 27/07/2018 - 10:20

Recebi esta semana da amiga Karla Beatriz Graciola, este texto de autoria de Fabrício Carpinejar, que retrata um momento que todos nós iremos passar, porém, não estamos preparados para enfrentar esta realidade.

Temos nossos pais como heróis, indestrutíveis, mas eles infelizmente são mortais e a ordem natural das coisas é essa, eles deixarem este mundo antes de nós.

O texto intitula-se: “TODO FILHO É PAI DA MORTE DO SEU PAI”. Segue o texto:

“Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.”

Desculpem em partilhar um texto já pronto e não inédito, porém, a carga de sentimentos impresso nele é gigantesca. Sabe galera, estou passando por um momento como este. As barras no banheiro, a retirada dos tapetes, o arrependimento dos sofás, objetos de decoração…

Enfim, é a ordem da vida. Um dia também estaremos no lugar deles.

Que sirva para pensar…

No Pirata

Black Tainha com um tributo ao Bon Jovi nesta sexta-feira  no Pirata

Mais uma semana chegando ao seu fim, e como de costume, o bar mais “roquenrrôul” da cidade agitando uma programação daquelas.

Na sexta-feira (27), para o pessoa que curte Bon Jovi, a banda Black Tainha estará fazendo um tributo da banda capitaneada pelo John (Bon Jovi, é claro!).

A Black Tainha é formada por Marcelo Bolsoni (voz), Gustavo Seiling (guitarra e backing vocals), David Lemerick (guitarra, teclado e backing vocals), Douglas Huttel (contrabaixo e backing vocals) e Elison Amaro (bateria e backing vocals).

No sábado (28), vai rolar Stammtisch no Parque de Eventos e o Pirata não poderia ficar de fora desse evento, para isso tem sua barraca como em anos anteriores.

Quem quiser fazer parte da barraca Pirata, é só entrar em contato com o Capitão no telefone (47) 9 8407-9266 ou com o Marujo no (47) 9 9739-7338 e façam suas reservas de vagas.

Vale lembrar que para os eventos no Pirata a censura da casa é de 16 anos, sendo que menores de 16, devem ser acompanhados pelos pais. Obrigatória apresentação de documento com foto.

Mais informações podem ser obtidas pelo fone: (47) 9 8407-9266.

Feijoada Batalhão

Feijoada da Associação “Somos o 14º Batalhão” agita a recreativa Duas Rodas no próximo dia 4

No próximo dia 4 (sábado), a “Associação Somos o 14º Batalhão” estará promovendo a 1ª Feijoada do 14º Batalhão.  A feijoada acontecerá no restaurante da Duas Rodas e os cartões já estão à venda no Restaurante da Duas Rodas e no 14º Batalhão com a Shirley.

Fica a dica: Para quem quiser levar a feijoada para casa o restaurante fornece as embalagens de marmita.

Vale lembrar também que todos que comprarem cartão de feijoada e colocarem o nome e telefone no cartão, estarão participando de sorteio de brindes que será realizado no dia do evento.

Rooster Empório

Chico S. é atração no Rooster nesta sexta-feira, com muito pop, reggae e rock

Final de semana arregrado no Rooster Empório, começando por sexta-feira (27), com a sonzeira do músico Chico S. trazendo o melhor do pop, reggae e rock.

No sábado (28), o tom da festa é o acústico com Cleiton que traz no playlist o melhor do rock nacional e internacional. Lembrando a galera do Rodízio de Comidas de Boteco que acontece todas as quintas-feiras, além das inúmeras sugestões do cardápio.

Para quem ainda não conhece, o Rooster fica colado na cabeceira da ponte da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Milionário na Patuá

O DJ Mário Jr, é uma das atrações da festa Quem quer ser Milionário? Que acontece no próximo dia 04 na Patuá. | Foto Marcelo Luís

A pergunta é essa: Quem quer ser um milionário? A resposta está na festa que deve agitar a Patuá Music, no próximo dia 04, com uma festa cheia de atrações e prêmios.

Além das atrações confirmadas que são os DJ´s Matheus, Mario Jr, Fabricio Muniz, Lucas Nascimento e Ditimar, será sorteado também um total de R$1000,00 em dinheiro, além de prêmios em consumo. Para a mulherada, a entrada é free até ás 23h30min.

Para participar da festa você pode retirar sua cortesia nos Pontos de Venda (Cortesia válida até 00:00hrs): Posto Cidade Centro, Radio Studio FM, Pizzaria Toscana, Posto 28 Guaramirim e na Zg Tabacaria.

Informações e reservas (47) 9 9608-0916

 

Bonito de ver

Educação se traz de casa

Semana passada dando um giro pelo calçadão, presenciei um cena digna de aplausos. Mãe e filha saindo de um estabelecimento comercial, a filha simplesmente amassa um cupom fiscal e joga no chão, bem na porta do estabelecimento.

A mãe para, aponta para o cupom fiscal no chão e diz: “junta o papel!”, a filha retruca com um sonoro “Ai, mãe!”, a mãe fica parada esperando a moçoila recolher o papel que havia jogado no chão, a dondoca recolhe o papel e as duas seguem o caminho.

Um ato simples, porém, carregado de valor. Por mais mães como esta.

 

Vamos embora, porque a litorina não espera.
Até semana que vem!