“Fundos Imobiliários: o que são e como investir”

Por: Warren Brasil

15/10/2020 - 12:10 - Atualizada em: 15/10/2020 - 12:31

Texto escrito por Ludmila Marques

Em alta nas conversas de investidores, os Fundos de Investimentos Imobiliários, conhecidos também pela sigla FII, vêm despertando interesse nos últimos tempos. Uma das características que chama a atenção é a disponibilidade de investir o seu recurso no mercado imobiliário e contar com a liquidez do mercado financeiro. Interessante, não é mesmo?

Mas o que são fundos imobiliários?

São fundos como outros fundos de investimentos, ou seja, possuem a tradicional estrutura de participação em condomínio, com a compra de cotas administrada por um gestor qualificado. O objetivo dos fundos de investimentos imobiliários é conseguir retorno pela exploração de venda de imóveis, aluguel, arrendamento entre outras atividades do setor.

Na prática, os investidores que buscam por aplicações no mercado imobiliário adquirem a participação em cotas destes fundos. A estratégia da gestão dos fundos realiza a aquisição de direitos sobre bens como imóveis, ou títulos como letra de crédito imobiliário, letras hipotecárias, certificados de recebíveis imobiliários, entre outros.

Como cotista, você se torna “dono do imóvel”, e essa posse é proporcional à quantidade de cotas adquiridas. Desta forma, o que antes poderia parecer difícil para a maioria das pessoas, como ser dono de um empreendimento corporativo de alto padrão ou de um grande shopping, torna-se acessível de maneira fracionada e sem precisar acumular milhares de reais.

No entanto, como todo investimento, é necessário entender as características do produto, para descobrir se ele faz sentido com o seu perfil de investidor. As cotas de fundos imobiliários são negociadas na Bolsa de Valores e têm oscilações típicas, seja pelo valor do patrimônio do fundo, ou pela variação de mercado.

Essa variação no valor da cota pode ser positiva ou negativa – e pode, inclusive, ficar abaixo do valor aplicado. Portanto, estes ativos devem compor a parte dedicada à renda variável em sua carteira.
Lembrando: a renda variável deve representar um percentual limitado nos seus investimentos, e essa proporção deve respeitar o seu perfil de investidor e a sua tolerância ao risco.

Outra característica destes ativos é o pagamento de rendimentos que a maioria dos fundos distribui mensalmente. Esses rendimentos são isentos de imposto de renda para pessoa física e acabam sendo o principal atrativo aos olhos dos investidores.

Mas fique atento, a isenção de IR é somente sobre os rendimentos do fundo que são repassados aos cotistas, o que chamamos de “aluguel”. O ganho através da valorização da cota é tributado e pago através do recolhimento de Darf mensalmente.

E quando é o momento de comprar? Depende de sua estratégia! Se você busca lucros no curto prazo com a volatilidade do preço da cota, o ideal é que tenha disponibilidade de tempo para analisar e operar. Este é um mercado dinâmico e exigente, então é necessária muita dedicação para obter ganhos efetivos e não devolvê-los com juros ao mercado.

Se você está construindo uma estratégia de longo prazo, constância é a palavra-chave. Realizar aportes mensais de forma planejada em ativos com fundamentos será a construção mais eficiente para sua carteira de longo prazo.

Desta forma, a sua visão não está apenas no valor imediato da cota, mas sim no preço médio que irá ter ao longo do tempo. E os valores mensais recebidos poderão ser reinvestidos para acelerar o tempo para alcançar o seu objetivo final com os rendimentos.

Os fundos imobiliários podem ser uma boa composição na diversificação do seu portfólio financeiro, principalmente se você deixar o tempo trabalhar na valorização de sua carteira. Preço é o que se paga e valor é o que se recebe. Busque agregar valor aos seus ativos!

Ludmila Marques. Contato: ludmila.marques@warren.com.br | warren.com.br