“Robôs professores ou professores-robôs”

Por: Raphael Rocha Lopes

28/02/2019 - 08:02

“Quanta coisa ele conhece/ Sabe a tudo responder/
Nunca tem nenhuma dúvida/ Incansável e seguro/
Por tudo isso ele é considerado/ O homem do futuro.”
(O robô, de Toquinho).

Serão nossos filhos ensinados por robôs professores? Esta realidade nos incomoda ou nos tranquiliza? Ou serão escolas sem professores?

Em primeiro lugar tem-se que diferenciar robôs professores de professores-robôs. Estes são aqueles profissionais que trabalham no automático, seguem à risca o plano de aula e só; não têm versatilidade ou jogo de cintura para atrair seus alunos para a nova realidade; não estimulam; reclamam apenas; não buscam soluções.

Os robôs professores são realmente robôs: máquinas programadas para ensinar. Já existem exemplos. Na China, ano passado o robô Keeko passou a dar aulas em cerca de 600 jardins de infância. Conta histórias, resolve problemas e tem aparência simpática aos pequenos.

Na Coréia do Sul robôs ensinam inglês para crianças desde 2010. Mas há robô professor na faculdade
também. Na Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, a Bina48, já conhecida como o primeiro robô a se formar na universidade, atuou como professor assistente em aula de Introdução à Filosofia Ética.

Esse robô sabe até contar piada! Com o crescimento da inteligência artificial e os diversos estudos em todas as áreas buscando esta tecnologia, robôs passarão a ser uma realidade cada vez mais frequente em todos os ambientes, inclusive nos escolares e acadêmicos.

E não é só isso. Estive, semana passada, no EdTech Conference 2019, congresso voltado às novas tecnologias aplicadas à educação. Há muita gente pensando bastante adiante aqui mesmo no Brasil. Diversos exemplos positivos da utilização de criatividade e tecnologia na educação foram apresentados.

Muitas startups estão se desenvolvendo para aumentar o acesso e melhorar o nível educacional dos
brasileiros. Vem muita coisa interessante por aí! Há, sem dúvida, ainda muito o que se fazer.

Governos, escolas, pais e professores devem ter em mente que ser inovador e disruptivo são  qualidades indispensáveis daqui em diante, em especial por se desconhecer as novas profissões que as crianças de hoje exercerão quando adultas!