“A tecnologia, o futuro, a empregabilidade, a imortalidade e as diferenças sociais”

“♫ E o motivo todo mundo já conhece/ É que o de cima sobe e o de baixo desce” (Xibom bombom, As Meninas)

A tecnologia, segundo os dicionários, de forma geral, é o estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana. Por meio da tecnologia, a humanidade avançou e chegou aonde chegou, seja para o bem ou para o mal. Das técnicas mais rudimentares aos equipamentos mais sofisticados, tudo é tecnologia.

E para onde vai nos levar, daqui em diante, esta tal de tecnologia? O que o futuro nos reserva?

Os empregos.

Desde sempre, a tecnologia influenciou o mercado de trabalho. As revoluções industriais foram apenas as pontas dos icebergs. Quem lembra dos professores de datilografia? E onde foram parar os acendedores de lampiões ou telegrafistas?

Contudo, profissões mais evidentes também estão prestes a mudar completamente ou até desaparecer. Os robôs dizimarão boa parte da classe de advogados, médicos, contadores e engenheiros. Por ora, as profissões com mais alto grau de criatividade serão menos afetadas. Por ora…

O lado bom é que profissões novas estão aparecendo a cada semana.

Vivendo para sempre.

Em livros clássicos, fábulas, filmes, o homem sempre buscou a imortalidade. Encontrar a fonte da juventude é sonho desde tempos primórdios. Foi encontrada. Só que não é um veio mágico de água.

A tecnologia está aumentando a longevidade do ser humano e a tendência é o aumento radical de pessoas centenárias com saúde física e mental. Daqui a pouco haverá pessoas bicentenárias e o próximo passo será a imortalidade (se o parâmetro for saúde, claro – ainda não encontramos a pílula para eliminar a maldade). Se será bom ou ruim, o futuro nos dirá. O fato é que muita coisa deverá ser repensada, desde os relacionamentos até a previdência social.

As diferenças sociais.

Quando se fala de imortalidade, pensa-se, obviamente, em pessoas com mais saúde. E é, de fato, o que acontecerá. Para quem tiver dinheiro, ressalte-se. Salvo se houver uma mudança na forma como temos as sociedades de hoje.

Antigamente o muito rico não tinha lá muitas vantagens em relação aos muito pobres. Um fazia suas necessidades num balde e as jogava pela janela sem vidros do castelo. Outro fazia nos fundos de sua pobre morada. O muito rico comia alguma carne e salada. O muito pobre passava fome.

Hoje o muito rico dá voltas em foguetes no espaço, anda em carros que fazem tudo sozinho, têm vinte banheiros em suas mansões e, se quiser, vasos sanitários na casa dos milhares de dólares (fiz uma pesquisa rápida e encontrei um de 100 mil dólares e outro de 5 milhões de dólares! – em ouro maciço). Os pobres? Continuam passando fome e fazendo suas necessidades nos fundos de suas paupérrimas moradas – quando as tem.