“Índices confirmam a recuperação gradual da economia de Santa Catarina”

Foto Gerd Altmann/Pixabay

Por: Pedro Leal

07/11/2020 - 05:11

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) lançou nesta quinta-feira (5) o Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina, referente ao mês de outubro. Os dados apresentados demonstram uma recuperação gradual da economia.

“A recuperação, no entanto, ocorre de forma diferenciada entre setores e segmentos econômicos. Também o impacto sob o sistema econômico tem se mostrado menos intenso do que originalmente previsto”, destaca o economista da SDE, Paulo Zoldan.

Quando se trata da indústria, o setor cresceu pelo quarto mês consecutivo em agosto, mas no acumulado do ano, a produção física ainda é 11,9% menor que a do mesmo período do ano passado.

O único segmento que cresceu no ano foi o da Fabricação de Produtos Alimentícios, ainda que tenha sido de apenas 0,1%.

A construção civil está em pleno processo de recuperação. As vendas de materiais de construção estão em alta e o setor está contratando.

As principais alavancas deste crescimento estão na autoconstrução e nas obras do setor imobiliário.

Setembro foi o quarto mês consecutivo de contratações no Estado, o de maior saldo de novos postos gerados no pós-pandemia e também o melhor resultado da série histórica para o mês em 16 anos.

O varejo ampliado catarinense também cresceu pelo quarto mês consecutivo. Com isso, o volume de vendas no acumulado do ano já atingiu o mesmo patamar de 2019.

Os resultados na indústria e comércio levaram a uma reação do mercado de trabalho.

Foram 24.827 postos gerados, o terceiro maior saldo do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

Com o resultado, o estado já reverteu as perdas da pandemia: no acumulado do ano, a economia estadual já contabiliza um saldo de 921 novos postos formais gerados.

Vários polos do estado estão na busca pela reversão dos resultados negativos – o que deve se consolidar com os resultados do Caged de outubro, caso os padrões sejam mantidos.

Em Jaraguá do Sul, por exemplo, faltam apenas 216 postos formais para retornar ao saldo positivo no ano – e setembro registrou saldo de 650 contratações.

CDL em destaque

A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Jaraguá do Sul foi reconhecida em todo o Estado como sendo a que mais emitiu certificados digitais, em outubro. Ao todo, durante o período, foram 194 emissões.

Assim como a CDL, a profissional Tairine Socodolski Petters, que integra a equipe da entidade, também ficou em primeiro lugar na avaliação estadual. Conforme o diretor de Serviços, Diego Zaninotto, o resultado confirma o esforço da CDL Jaraguá do Sul em, cada vez mais, garantir soluções eficientes ao comércio local.

Criptomoedas

A Polícia Federal em conjunto com o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça bloqueou criptoativos avaliados em quase R$ 130 milhões (US$ 24 milhões) que estavam em uma empresa, sediada nos Estados Unidos, que oferecia serviços de ativos virtuais.

Segundo a PF, a empresa, que prometia aos clientes, retorno de 15% no primeiro mês de aplicação, estaria captando recursos de terceiros sem a autorização dos órgãos competentes. O dinheiro dos clientes era investido no mercado de criptoativos.

Atividade em alta

Os Indicadores Industrias, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que a atividade industrial de setembro foi excepcionalmente forte: as horas trabalhadas na produção subiram pelo quinto mês consecutivo e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) chegou a 79,4%.

A UCI mede o quanto os equipamentos e os trabalhadores das empresas estão ocupados na produção em relação ao máximo de que pode ser produzido por um longo período sem dificuldades.

A pesquisa é feita em parceria com 12 Federações Estaduais de Indústria. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, teve taxa de 0,86% em outubro deste ano.

A taxa é superior ao 0,64% em setembro deste ano e ao 0,10% de outubro do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior taxa do IPCA para um mês de outubro desde 2002 (1,31%).

Com o resultado de outubro, o IPCA acumula taxas de inflação de 2,22% no ano e de 3,92% em 12 meses.

 

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