“Dois a cada cinco trabalhadores brasileiros são informais, aponta IBGE”

Foto Divulgação

Por: Pedro Leal

13/11/2020 - 05:11

A informalidade no mercado de trabalho atingia 41,6% dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões de pessoas.

Entre pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, a proporção de informais era de 62,4%, mas de apenas 21,9% entre aquelas com ensino superior completo.

As informações constam da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A informalidade é maior entre a população preta ou parda: 47,4% estava inserida em ocupações informais, contra 34,5% da população branca.

As atividades que mais concentraram pessoas em ocupações informais, no ano passado, foram serviços domésticos (72,5%), agropecuária (67,2%) e construção (64,5%).

Segundo o IBGE, desde 2014, em decorrência do desaquecimento do mercado de trabalho, houve ampliação relativa das ocupações informais, com destaque para transporte, armazenagem e correio, alojamento e alimentação e construção.

Em 2019, a proporção de trabalhadores em ocupações informais alcançou 61,6% na Região Norte e 56,9% no Nordeste. Por outro lado, as regiões Sudeste e Sul, apresentaram proporções de, respectivamente, 34,9% e 29,1%.

Entre 2018 e 2019, a taxa de desocupação caiu de 12% para 11,7% – ainda elevada. A pesquisa mostra, também, que a proporção dos desocupados há pelo menos dois anos subiu de 23,5% em 2017 para 27,5% em 2019.

A taxa de desocupação da população preta ou parda (13,6%) era maior do que a da população branca (9,2%), ainda que tivessem o mesmo nível escolar: entre aqueles com ensino fundamental completo ou médio incompleto, essa taxa era de 13,7% para brancos e de 18,4% para pretos e pardos.

O quadro da pandemia pode levar a uma retração na melhora destes dados, aumentando ainda mais a informalidade em 2020.

Lez a Lez premiada

Depois de receber, por três vezes seguidas o Selo de Excelência em Franchising, e pelo segundo ano consecutivo o Certificado de Franquia Internacional da ABF (Associação Brasileira de Franchising), a Lez a Lez, marca do Grupo Lunelli, acaba de entrar para a lista das melhores franquias do Brasil da Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

A premiação foi concedida com base em uma pesquisa exclusiva realizada pela Serasa Experian.

As redes obtiveram as melhores notas em três critérios: qualidade, desempenho e satisfação do franqueado. A Lez a Lez figura em décimo lugar na categoria Vestuário e Acessórios, sendo a primeira em moda feminina.

O Guia de Franquias 2020/2021 da PEGN já está nas bancas e também pode ser acessado no aplicativo Globo Mais.

Desigualdade cai

O índice de Gini (0,543) caiu em relação a 2018 (0,545), mas ficou superior a 2015, ano que teve o indicador mais baixo da série, com 0,524. O país é o nono mais desigual do mundo segundo o Banco Mundial.

O índice é usado para medir a desigualdade social , em que zero corresponde a uma completa igualdade na renda e 1 corresponde a uma completa desigualdade.

A Região Sul é a que tem a menor desigualdade de renda, com 0,467.

O Nordeste teve a maior desigualdade, com 0,559, e aumentou em relação a 2018, enquanto as outras regiões tiveram queda em comparação ao ano anterior.

Nem-nem

No Brasil, a proporção de jovens de 15 a 29 anos de idade que não estudavam nem trabalhavam diminuiu em 2019, passando de 23%, no ano anterior, para 22,1% em decorrência do aumento no nível de ocupação dos jovens.

Os dados estão na Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, apesar da melhora, os resultados de 2019 ainda mantiveram o Brasil com proporção de jovens sem estudar e sem ocupação bem acima da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) identificada para o ano anterior.

Crédito suplementar

O presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos, nessa quarta-feira (11), a Lei nº 14.077, de 11 de novembro de 2020, de autoria do Congresso Nacional, que abre crédito suplementar de R$ 6,1 bilhões.

Os recursos são destinados a ações de diversos ministérios. Entre eles, os do Desenvolvimento Regional, da Infraestrutura e da Saúde.

Na Saúde, o reforço se destina ao Fundo Nacional de Saúde. Na Infraestrutura, a verba é para a administração direta e também para a estatal Valec.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).