As contas externas brasileiras apresentaram resultado negativo em julho, após quatro meses seguidos de superávit. O déficit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, chegou a US$ 4,433 bilhões, segundo dados divulgados hoje (27), em Brasília, pelo Banco Central (BC).

Em julho, o resultado negativo para as contas externas não foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país anota saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.

O decréscimo no saldo comercial foi determinado pela expansão das importações de bens, 49,3%, em relação ao resultado de julho de 2017, impulsionado pelo registro de US$ 3,3 bilhões associados às importações de plataformas de petróleo no âmbito do Repetro (regime especial que suspende os tributos cobrados sobre bens destinados a atividades de exploração de petróleo e gás natural), segundo o relatório do Banco Central.

Por outro lado, o Banco Central também registrou crescimento de 21,9% das exportações, impulsionado pela venda de plataforma de petróleo, no valor de US$ 1,3 bilhão, com amparo do Repetro.

Parte do cenário negativo decorre da escalada na cotação do dólar, em alta expressiva desde janeiro, abrindo o ano a R$ 3,23, o que prejudicou a capacidade brasileira de investir no exterior e de comprar mercadorias, aumentando os custos para o país, enquanto reduziu o valor de mercadorias brasileiras no exterior.

Ainda em alta expressiva, o dólar ultrapassou a linha dos R$ 4 na semana passada. Ao mesmo tempo, a tendência de alta do dólar tornou o câmbio do real para dólar menos atraente para uso como moeda - desestimulando comprar no exterior - e mais atraente como ativo, enfraquecendo ainda mais o real, devido à especulação em cima da cotação da moeda e do escoamento de recursos para moedas estrangeiras.

Essa escalada deve prejudicar a rentabilidade do varejo catarinense pois como a origem de boa parte da matéria prima - e de algumas mercadorias -  é internacional.  A mudança cambial desfavorece as empresas do comércio, que observa a situação atentamente.

Competitividade

A Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria da Fiesc se reúne hoje (28), em Joinville. O objetivo da Câmara, presidida pelo vice-presidente da Fiesc no Vale do Itapocu, Célio Bayer, é integrar o setor produtivo com ações que estimulem as indústrias de pequeno porte à melhor competitividade. O encontro será realizado no Instituto da Indústria. Os participantes acompanharão palestras sobre Indústria 4.0, e-Social, e conhecerão detalhes de medida que concede isenção de ICMs para mini e micro geração de energia.

Start do Centro de Inovação

A administração municipal protocolou dois projetos de lei para assegurar respaldo jurídico ao início das operações do Centro de Inovação Jaraguá do Sul (CIJ). O primeiro projeto dispõe sobre a qualificação de entidades sem fins lucrativos como organizações sociais, e o segundo, relacionado a sistemas, mecanismos e incentivos à atividade tecnológica e de inovação.

Com essa medida, a intenção é que o Centro de Inovação inicie as atividades em meados de outubro. Paralelamente, os editais para seleção e ingresso das empresas ao Centro de Inovação Jaraguá estão em processo de finalização.

A instituição prevê pré-incubadora, incubadora, aceleradora de negócios direcionados ao setor tecnológico e de inovação, coworking, laboratórios de ponta, orientação/mentoria para empreendedores, pesquisa e desenvolvimento (P&D), centro de treinamento e espaços de convivência.

R$ 2,4 bilhões

É o resultado em notificações e recolhimentos de janeiro a junho deste ano, feitas em fiscalizações do Ministério do Trabalho contra a sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da Contribuição Social (CS).

O valor é 4,3% superior ao verificado no mesmo período do ano passado (R$ 2,3 bilhões) e 30,8% maior na comparação com os primeiros seis meses de 2016 (R$ 1,8 bilhão). Segundo o Ministério, estas ações de fiscais em mais de 20 mil empresas irão beneficiar mais de um milhão de trabalhadores.

Petrobras anuncia novo leilão

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (27) o início da fase vinculante do processo de venda de 50% de seus direitos e obrigações de exploração e produção do Campo de Tartaruga Verde e do Módulo III do Campo de Espadarte, ambos localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

No caso do Campo de Tartaruga Verde, a empresa informou que a venda de parte da participação da companhia não envolve a transferência da operação do campo. Mais cedo, a estatal havia anunciado a fase vinculante da venda da totalidade do Campo de Baúna, localizado em águas rasas da Bacia de Santos.

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