Cesta básica da capital catarinense é a mais cara do País

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

11/05/2021 - 06:05

O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 15 cidades e diminuiu em outras duas, entre março e abril de 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais.

As maiores altas foram registradas em Campo Grande (6,02%), João Pessoa (2,41%), Vitória (2,36%) e Recife (2,21%). As capitais onde ocorreram as quedas foram Belém (-1,92%) e Salvador (-0,81%).

A cesta básica mais cara foi a de Florianópolis (R$ 634,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 632,61), Porto Alegre (R$ 626,11) e Rio de Janeiro (R$ 622,04). As cidades em que a cesta teve menor custo foram Aracaju (R$ 469,66) e Salvador (R$ 457,56).

Em 12 meses – comparando o custo em abril de 2020 e abril deste ano -, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. As maiores taxas foram observadas em Brasília (24,65%), Florianópolis (21,14%), Porto Alegre (18,80%) e em Campo Grande (18,27%).

No acumulado dos quatro meses de 2021, as capitais com as maiores altas foram Curitiba (8%), Natal (4,24%), Aracaju (3,64%), João Pessoa (3,13%) e Florianópolis (3,08%). A principal queda, no mesmo período, foi de 4,49%, em Salvador.

Com base na cesta mais cara que, no mês de abril, foi a de Florianópolis, o Dieese estimou que o salário necessário deveria ser equivalente a R$ 5.330,69, valor que corresponde a 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

 

Perfomance duas vezes melhor

O volume de vendas do comércio varejista ampliado em Santa Catarina teve alta de 25,8% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado – o resultado representa mais que o dobro da média nacional (10,1%) e do desempenho da região Sul, Paraná (10,9%) e Rio Grande do Sul (9%).

Este índice contempla também as atividades de veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. Os números foram divulgados na sexta-feira (7) na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE.

Taxa de juros deve continuar subindo

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75%, passando para 3,50% ao ano, conforme sinalizado pela diretoria do BC, em abril. Esta não deve ser a última elevação da taxa no ano, segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para as instituições e especialistas consultados, a Selic deve terminar o ano de 2021 em 5,50%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 6,25% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é de 6,5% ao ano.

Grupo de trabalho

A Petrobras é a única empresa a integrar o Grupo de Trabalho instituído esta semana pelo Ministério Público (MP) para elaborar estudos de aprimoramento de mecanismos de prevenção, detecção e correção de condutas ilícitas e antiéticas no âmbito do órgão. A informação foi dada pela assessoria de comunicação da estatal.

O diretor de Governança e Conformidade Marcelo Zenkner, e o Ouvidor-Geral Mario Spinelli, foram convidados a compor o grupo, formado majoritariamente por representantes do MP. Eles apoiarão o órgão na promoção de debates, diagnósticos e iniciativas voltadas à criação de cultura que encoraje a conduta ética e a aderência ao compliance.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).