“SC-108: o coma parece irreversível”

Por: Nelson Luiz Pereira

18/02/2020 - 21:02 - Atualizada em: 18/02/2020 - 21:27

Aqui estamos, novamente, fornecendo mais um editorial, que já assumiu status de ‘boletim’, referente a paciente SC-108. Há um mês, publicávamos, nesse espaço, um editorial intitulado, “SC-108: coma de 1 ano com efeitos colaterais e sequelas”. No último sábado (15), voltamos ao tema, publicando outro editorial, desta vez, tendo como título: “SC-108: persiste o coma após 1 ano”.

Portanto, já foram, com o presente, três ‘boletins’ dando conta de que a letargia do governo estadual nos faz crer que este coma parece irreversível. No entanto, não arredaremos o pé de nosso papel de postulante e porta-voz das demandas que impactam o desenvolvimento de nossa comunidade regional.

O traumático histórico da paciente SC-108, nos confirma que o tratamento pelas vias naturais já se esgotou. Entenda-se aqui, vias naturais, como sendo as tratativas pelo meio político, diga-se de passagem. Nos resta agora, como último recurso clínico, a mobilização social e entidades organizadas, mas, que seja em dose cavalar. A história tem nos mostrado que o poder desse remédio é avassalador.

Importante salientar que, enquanto esse medicamento não for administrado, os efeitos colaterais continuarão agindo. Prova disso são nossas vias adjacentes, que por conta dos desvios improvisados, seguem sofrendo desgastes, necessitando de investimentos para os devidos reparos. Como se não bastasse, as perdas de caráter econômico e social da região, jamais serão recuperadas.

Enfim, não sendo de hoje, nossa condição regional pode ser comparada, figurativamente, a um cidadão produtivo que, embora goze de boa saúde, é precavido e paga por um bom plano de saúde. Entretanto, ao necessitar do mesmo, é obrigado a esperar dias, meses ou anos, por conta de um sistema emperrado, burocrático e moroso. Este ineficiente sistema chama-se “gestão governamental”, que tem negligenciado uma região altamente produtora e arrecadadora. Nada justifica tamanho descaso. Por isso, é chegada a hora de recorrer ao elixir milagroso: ‘mobilização popular em dose cavalar’.