Prezado leitor, obviamente está fresquinho em sua memória o Carnaval de 2019. O mesmo não se pode dizer do Carnaval de 1930. Mas, para recobrar sua memória ou instigar a imaginação, resgatamos a página do O Correio do Povo, edição nº 558 de 8 de fevereiro de 1930.
O conteúdo do anúncio de meia página certamente lhe dará uma ideia do padrão do Carnaval da época. Importante destacar que o lança-perfume, de origem francesa, era um composto de perfume e cloreto de etila. O máximo da subversão na folia era lançar seu spray gelado nas pernas das moças.
Nos anos 30, figuras importantes do samba, como Noel Rosa e Ary Barroso, e as marchinhas cantadas por ícones, como Carmem Miranda, Emilinha Borba, Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, entre outros, davam o ritmo, o brilho e o glamour do Carnaval brasileiro daqueles tempos.
Algumas marchinhas que o tempo não apagou:
- As Pastorinhas;
- As águas vão rolar;
- Aurora;
- Bandeira branca;
- Cabeleira do Zezé;
- Cachaça não é água;
- Chiquita Bacana;
- Mamãe eu quero;
- Me dá um dinheiro aí;
- Ó abre alas;
- O teu cabelo não nega mulata;
- Sassassaricando;