“Menstruação irregular ou alterada pode indicar problemas de saúde”

Foto: Piero Ragazzi

Por: Marcelo Langer

29/09/2020 - 13:09 - Atualizada em: 29/09/2020 - 17:21

O sangramento uterino anormal é uma doença frequente que pode afetar negativamente aspectos físicos, emocionais, sexuais e profissionais, piorando a qualidade de vida das mulheres. Nos casos de sangramento intenso e recente, as mulheres podem necessitar de tratamento de urgência, com necessidade de hospitalização. Há situações que necessitam de tratamento prolongado e outras em que o tratamento cirúrgico pode ser necessário.
As causas deste distúrbio são: pólipos uterino, adenomiose, leiomioma, malignidade do corpo uterino (lesões precursoras de câncer e ou câncer), coagulopatias (dificuldade na coagulação do sangue), distúrbios da ovulação, disfunção endometrial, iatrogênicas (complicações de tratamentos) e as não classificadas nos itens anteriores.
Após a exclusão de gestação, a avaliação inicial inclui história detalhada do sangramento e de antecedentes com foco em fatores de risco para câncer de endométrio, doenças da coagulação, medicações em uso, doenças associadas, além de exame físico completo, com foco em sinais da síndrome dos ovários policísticos, resistência insulínica, doenças da tireoide, manchas roxas na pele, lesões da vagina ou colo do útero, além do tamanho do útero.
Em mulheres com baixo risco para câncer de endométrio, com ultrassonografia normal, excluídas causas estruturais, tais como pólipo, mioma, espessamento endometrial ou outras causas malignas, o tratamento instituído pode ser através de medicamentos, ou cirúrgico.
O tratamento tem como objetivo a redução do fluxo menstrual, reduzindo os efeitos negativos e melhorando a qualidade de vida. O tratamento na fase aguda visa estabilizar a paciente grave e estancar o sangramento excessivo, enquanto da fase crônica é baseado em corrigir a disfunção menstrual, conforme sua causa ou conforme os sintomas apresentados.
O tratamento com medicamentos é considerado a primeira linha a ser seguida. Faz parte dele, dar informações sobre os medicamentos, seus mecanismos de ação, benefícios, riscos, bem como informações dos resultados esperados e orientação quanto ao uso prolongado (isso ajuda as pacientes entenderem e aderirem melhor ao tratamento proposto).
Os tratamentos cirúrgicos são específicos para algumas condições (principalmente após falha do tratamento medicamentoso e ausência do desejo de gravidez). No caso dos pólipos o tratamento pode ser feito através de histeroscopia (uma câmera que entra no útero, visualiza e retira as lesões).
Para adenomiose, alguns miomas e lesões precursoras do câncer ou câncer já instalado, geralmente diagnosticados na ecografia ou na ressonância, o tratamento seria a retirada do útero por cirurgia. Atualmente estão se desenvolvendo técnicas minimamente invasivas como embolização de artérias que nutrem as lesões.

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